Porém, inúmeras teses e estudos elaborados culminaram na descoberta de um outro conceito, a Inteligência Emocional (QE), que enfatiza a importância dos aspectos não-cognitivos do indivíduo, e no que podem acarretar para nossas vidas.
Charles Darwin talvez tenha sido o primeiro a discorrer sobre o
assunto, apontando a inteligência emocional como fator importante para sobrevivência
e adaptação do homem em seu meio. Outros tantos renomados pesquisadores
elaboraram ao longo dos anos estudos e teorias sobre o comportamento
inteligente e seus inúmeros fatores não intelectuais; mas foi na década de 90
que o assunto começou a ganhar notoriedade e despertar o interesse da mídia. Grande
parte deste interesse se deu por conta do livro “Inteligência emocional”,
escrito em 1995 pelo psicólogo Daniel Goleman.
A inteligência emocional é a capacidade necessária para compreendermos
e lidarmos com nossos sentimentos, medos e anseios (inteligência intrapessoal).
E de também sabermos lidar com os sentimentos, medos e anseios de quem nos
cercam (inteligência interpessoal).
O quociente de inteligência (QI) e a inteligência emocional (QE) não são capacidades opostas, mas
distintas.
As aptidões que compõem a inteligência emocional são baseadas em
cinco principais domínios:
1. Autoconsciência - Conhecer as próprias emoções.
2. Lidar com emoções.
3. Motivar-se.
4. Empatia - Reconhecer emoções nos outros.
5. Lidar com relacionamentos.
Outro psicólogo que escreveu sobre a inteligência emocional é Peter
Salovey, que afirma:
“As pessoas que tem uma maior
certeza sobre seus sentimentos, tem um maior controle sobre as suas vidas,
agindo com maior segurança nas suas decisões, o que se designa por Inteligência
Emocional Intrapessoal.” (Peter Salovey).
Para Salovey, há uma grande preocupação em relação aos jovens de
hoje e a forma como lidam com suas emoções. Em recente entrevista ele disse
estar preocupado com a “habilidade de interagir” dos jovens, em função da atual
dependência tecnológica (tablets, smartphones) e sua conectividade. Ele diz: “Me
preocupo com a falta de habilidade de muitos jovens em identificar emoções no
rosto de outras pessoas. Se você passa o tempo olhando para uma tela, mesmo
quando cercado por outras pessoas, você não pratica esta habilidade”.
Segundo
os estudos, a ausência de inteligência emocional pode causar diversos
problemas, e não apenas no âmbito profissional. Ela pode ser desenvolvida, desde
que se tenha em mente o desejo de aprimorar cada uma das habilidades. Segundo o
próprio Goleman, é como um treino de esporte, um contrato consigo mesmo.
Fontes:
- Folha de São Paulo - Caderno Negócios e Carreiras 01/03/2015.
- http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cienciasaude/178003-de-olho-numa-tela-jovens-hoje-tem-dificuldade-em-identificar-emocoes.shtml
- http://www.infoescola.com/psicologia/inteligencia-emocional/
- Daniel Goleman, ph.D., é psicólogo formado pela Universidade de Harvard. Durante doze anos escreveu para o New York Times, sendo indicado duas vezes ao Prêmio Pulitzer. Foi cofundador de um grupo colaborativo que tem como missão ajudar as escolas a implementar aulas de inteligência emocional. Também é codiretor de um grupo que recomenda práticas de desenvolvimento de habilidade de inteligência emocional e promove pesquisas rigorosas sobre a contribuição da inteligência emocional ao desempenho no ambiente de trabalho. Dele, a Objetiva publicou Inteligência emocional, Trabalhando com a inteligência emocional, O cérebro e a inteligência emocional e Foco.
- Peter Salovey, ph.D, é psicólogo formado pela Universidade de Stanford, com doutorado por Yale, especialista em Inteligência Emocional.
Imagens:
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- www.ajsconsultoria.com
- tribunadoceara.uol.com.br
- jcnavegazen.blogspot.com
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