Uma das partes fundamentais de
um negócio são as suas pessoas: os seus Líderes, os seus colaboradores, os seus
clientes.
Independentemente do tipo de
negócio, não podemos esquecer que é o envolvimento das pessoas que dita o
futuro de qualquer iniciativa empresarial; daí a necessidade de garantir que
não só ofereceremos um produto ou serviço de qualidade, mas também que
conquistemos o coração das nossas equipes de trabalho, por sua vez responsáveis
por chegar ao coração do nosso público-alvo e assim garantir o sucesso!
Obviamente que se falarmos
numa iniciativa empreendedora de trabalho independente, o Líder tem todo um
trabalho de Gestão para fazer para poder criar o seu projecto – o plano de
negócio, os estudos de marketing, os investimentos...
Mas a partir do momento em que
sabemos exactamente qual é o nosso negócio, teremos então de identificar as pessoas
que pretendemos envolver na nossa empreitada!
Numa fase inicial, será
necessário identificarmos com precisão qual é o nosso público-alvo.
A quem queremos vender o nosso produto ou serviço?
A resposta a esta pergunta nem
sempre é fácil, mas irá ser o princípio de tudo, se queremos que o nosso
negócio tenha sucesso.
Um excelente exemplo de como é
essencial definir com precisão o público-alvo é o do isqueiro Zippo:
Imagem de stock.xchng/zippo |
Em 1920, após a 1ª Guerra
Mundial, George G. Blaisdell havia vendido a empresa de máquinas da família,
investindo o dinheiro no negócio do petróleo. Contudo, com a Grande Depressão
acabou por ficar incrivelmente perto da falência.
Nesta altura, usou os seus
últimos dólares para comprar a patente de um isqueiro com chama “Windproof”, dizendo que ia comercializar
cada isqueiro por 1,95 dólares (um
valor quase absurdo dado o clima de restrição financeira da época).
Em 1932, George G. Blaisdell
fundou a Zippo Manufacturing Company,
em Bradford (Pensilvânia), nos
EUA, e determinou como cliente-alvo do
seu produto as empresas americanas, passando a comercializar os isqueiros como
brindes dessas mesmas empresas.
Durante a 2ª Guerra Mundial,
Blaisdell repensou a sua estratégia e re-definiu o seu cliente-alvo como sendo
o Exército americano, sabendo ter um produto com mais-valias: a chama windproof que funcionava em condições
climatéricas adversas e o fato de o isqueiro utilizar combustível, sempre
disponível aos soldados nas suas mobilizações. O sucesso foi de tal nível que
o fabrico do isqueiro passou a ser exclusivo para as Forças Armadas durante
algum tempo!
George Blaisdell soube
identificar o público que mais lhe interessava, e a quem o seu produto mais
iria trazer benefícios, tornando-se num caso de sucesso estrondoso de negócio
em plena 2ª Guerra Mundial!
Uma vez decidido quem é o
nosso público-alvo, temos então de decidir quem
queremos a trabalhar connosco?
A equipa de trabalho terá de
partilhar a nossa Visão do negócio – a imagem daquilo que a entidade aspira
ser! Apenas desta forma será
possível conquistar verdadeiramente os clientes, pois qualquer colaborador que
contacte com eles terá a mesma paixão pelos produtos e serviços que o Líder da
empresa.
Não se trata apenas de
selecionar as características dos colaboradores que mais nos interessam, mas também
da capacidade do Líder de motivar e inspirar as pessoas que trabalham consigo,
de forma a que todos possam fazer a diferença junto do público que irá
beneficiar da ideia de negócio.
No seu livro “Um nível superior de Liderança”, Kenneth Blanchard conta como a partilha
da Visão e uma Gestão “de Livro aberto” fizeram a diferença para as The Ken
Blanchard Companies com os acontecimentos do 11 de Setembro de 2001:
A sua empresa perdeu 1,5
milhões de dólares só nesse mês, e a equipa de liderança teve de tomar algumas decisões
difíceis para cortar despesas. Ponderaram reduzir o volume de
pessoal, mas antes de o fazer procederam a uma reunião com todos os
colaboradores onde expuseram os problemas e a situação da empresa, na esperança
de assim conseguirem obter soluções alternativas.
Dessa reunião surgiram uma
série de ideias para aumentar as receitas e diminuir os custos por parte dos
colaboradores, de tal forma que ao longo dos 2 anos seguintes as finanças
recuperaram gradualmente e em 2004 a empresa produziu as vendas mais altas de
sempre na sua história.
O que acontece é que quando
partilhamos informação e responsabilidade com os colaboradores, o seu
compromisso para com a empresa aumenta e a sua Visão alinha-se com a do Líder,
de forma a atingir o tão desejado sucesso para todos!
Embora a gestão seja muitas
vezes vista como um aspecto mais logístico de um negócio, é importante lembrar
que na verdade, se não for feita uma gestão
adequada das pessoas existe um grande risco de não conseguirmos atingir o
sucesso que ambicionamos para a nossa empresa.
São as pessoas que transmitem
a nossa mensagem, investem no nosso negócio, e fomentam a compra e venda dos
nossos produtos e serviços.vSem elas, não há negócio para
gerir.
Por isso, tire um momento e
pense:
Como é que gere as suas pessoas?
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