quinta-feira, 19 de setembro de 2013

indexSocial registra queda de audiência de marcas em agosto

No ranking de audiência, 8 das 10 principais marcas cresceram menos do que o mercado em agosto


São Paulo - Análise do indexSocial, ferramenta que mede a performance das marcas no Facebook, Twitter e Youtube, mostra que no ranking de audiência, 8 das 10 principais marcas cresceram menos do que o mercado em agosto.
Como o indexSocial utiliza uma metodologia semelhante à da Bolsa de Valores, as pontuações registradas podem ser menores que no mês anterior, mesmo que as marcas tenham aumentado sua quantidade de fãs, seguidores e assinantes. Em agosto, 93 milhões de novas conexões foram estabelecidas entre marcas e consumidores, embora o top 10 de engajamento das companhias tenha sofrido fortes quedas.


Audiência
A avaliação segue com Guaraná na liderança com 14,7 milhões de pessoas conectadas à marca nas três plataformas sociais. Netshoes (9ª) aparece pela primeira vez no ranking sendo a única com variação positiva no período. O top 10 de audiência segue com Skol (2ª), Hotel Urbano (3ª), Lacta (4ª), Brahma Futebol (5ª), Claro Brasil (6ª), L’Oreal (7ª), Itaú (8ª) e Cerveja Bohemia (10ª), todas com variações negativas na pontuação de audiência do indexSocial. Guaraná, mantém-se com 1.000 pontos, há mais de 12 meses no topo do ranking.


Engajamento
O índice que mostra a interação entre os consumidores e marcas segue liderado por Brahma Futebol (união das diversas presenças de futebol de Brahma), mas Nike Corre (4ª) e adoro FARM (5ª) foram às únicas companhias que registraram aumento de engajamento no período. Em agosto, o top 10 deixa de ser dominado por marcas de bebidas alcoólicas e moda com a entrada de Chevrolet (8ª) e Bob’s Brasil (10ª) no ranking. Completam a lista: Use Huck (2ª), Arezzo (3ª), Melissa (6ª), Guaraná (7ª) e Lojas Renner (9ª).
Share de engajamento
Ao reverter o resultado de junho, quando havia registrado forte queda, Brahma Futebol segue líder e concentra a maior parte de todas as interações medidas pelo indexSocial ao fechar agosto com 31.7% de share. Já Guaraná, segunda colocada, caiu de 12.7% para 7.1% no período. As demais posições do top 10 de share de engajamento sofreram alterações. Entram no ranking: Nike Corre (4ª), Risqué (5ª), Natura (7ª), Stella Artois Brasil (8ª), Melissa (9ª) e Halls (10ª) no lugar de Skol, Lojas Renner, Use Huck, Pampers, Fiat e Arezzo. Completam o top 10: Lacta (3ª) e Hotel Urbano (6ª).



Fonte: Exame e IndexSocial 
Edição: Tiago Nunes


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

De Mestres Cervejeiras à Produtos Publicitários


As Mestres
Na profundeza da Amazônia, há 10 mil anos atrás, uma mulher da idade da pedra sentada num círculo dava o seu primeiro passo à antiga arte da cerveja. Ao contrário dos tempos contemporâneos, a cerveja era exclusividade das Amazonas e a técnica era passada de mãe para filha. Há 6.000 anos e por milhares de anos na Babilônia e Suméria, vários tipos de cervejas eram produzidas pelas mestres cervejeiras e somente as mulheres tinham a permissão de reunir os estranhos ingredientes desta forma antiga da bebida. De acordo com Alan Eames, historiador inglês, a Deusa Hathor no antigo Egito era conhecida como a criadora da cerveja, e os Fenícios atribuem a criação da cerveja a três mulheres: Osmotor, Kapo e Kalevatar. No século XVII, documentos ingleses mostram que 78% dos cervejeiros licenciados eram mulheres.


Os Prutudos
Elas dominavam o mercado até a Revolução Industrial, período que surgiram obstáculos culturais e econômicos para a sua permanência nesta função, elevando o homem aos únicos Mestres Cervejeiros. A partir desta época a cerveja começou a ser tratada como um produto feito por homens e para homens e, junto com o novo pensamento cultural que enraizava na época, a mulher passou de cervejeiras à produtos. O marketing usou este conjunto de permissões culturais e sociais e transformaram o que seria homofobia e racismo feminino em uma piada para alavancar as vendas do mercado que então confirmou ser totalmente masculino. “A mulher não é como se fosse a cerveja”: é a cerveja. “Está ali para ser consumida silenciosamente, passivamente, sem esboçar reação, pelo homem.” Afirma a doutora em sociologia, Berenice Bento. A Coisificação foi tão intensa que a venda da cerveja através da mulher se tornou algo natural e cultural, em todas as publicidades podiam se ver a venda da bebida através do corpo feminino, engarrafando-o e oferecendo ao homem para o consumo, criando um forte conceito em que as mulheres existem apenas para servirem aos homens, e como é uma verdade aceita por todos porque não criar um paralelo? É um massacre simbólico ao feminino. É uma violência que alimenta e se alimenta da violência presente no cotidiano contra as mulheres.

O Caminho da Publicidade
Conforme a enriquecimento cultural, a evolução econômica, novos conceitos éticos começam se agregar na cabeça dos homens consumidores. As cervejas “Premium” e as “Artesanais” foram as primeira a darem passos contrários dessa desgastada fórmula mulher-consumível. Com o redesenho do marketing perante aos novos preceitos, a mulher tende a recuperar seu lugar verdadeiro: Mestre Cervejeira e consumidora.

Escrito por Samuel da Silva, Analista de Marketing.