quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Projetos x Operações ?


quais-sao-os-principais-padroes-de-gerencia-de-projetos



De acordo com as principais práticas e metodologias de gerenciamento de projetos (PMI, Prince2, ISO 10006 e IPMA) pode-se definir:

- "Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço único".

Diz as melhores práticas que os gerentes de projetos não devem ter dificuldade para realizar a transição de um projeto para a operação, isso deve ser algo transparente e rotineiro para todos os envolvidos.

Entretanto começam a surgir dúvidas como: Quando você e sua organização devem transformar o projeto em um processo operacional? Como transformar um projeto em uma operação ou parte das operações? Especialmente quando você está em um ambiente onde a organização tem um ritmo rápido e às vezes frenético?

Vamos mais uma vez analisar as melhores práticas e ver o que dizem sobre "Projetos x Operações":

Projeto

1) Original e Temporário
2) Têm seu próprio objetivo e equipe
3) Oferece um produto ou serviço único
4) Equipe heterogênea
5) Foco na eficácia

Operações

1) Repetitivos e Contínuo
2) Semi-permanente: objetivo e equipe
3) Gerenciar "status"
4) Entrega de repetitivos produtos ou serviços
5) Equipe homogênea
6) Foco na eficiência

Realmente tudo isso pode ser evitado com o planejamento. Apesar deste ser considerado o mais importante de todos os processos de gerenciamento de projetos, podemos dizer que é a etapa que mais sofre durante um projeto, seja por ser uma ordem de cima para baixo, por falta de recursos ( pessoas ou financeiro) ou até pelo simples fato das pessoas fazerem uma auto avaliação  de que o projeto é simples, desnecessário ou por considerar que não será beneficiada diretamente pela implementação do projeto.

A maioria dos gerentes de projeto, se não todos, sabem que o planejamento é extremamente importante. Mas, em uma mente de execução definida pode-se vacilar. Seja trabalhando rapidamente para trazer algo para a vida que irá abordar a necessidade única, porém você definiu-o como parte de seu planejamento?

O planejamento é, obviamente, onde grande maioria dos gerentes de projetos caem. Porém isso não quer dizer que os mesmos não tenham feito um planejamento, claro que fazem. Mas provavelmente não documentam no plano sobre a movimentação do projeto para as operações. Nada além de um item a ser incluído em um plano formal e uma linha para dizer que seria integrado  dentro das operações.

Se 90% de um tempo de gerentes de projeto está em comunicação, é importante ter um plano completo para se comunicar. Ao quebrar a estrutura de trabalho em pacotes para se comunicar com as unidades de negócio relevantes, sobre a forma de como eles vão integrar o projeto a operações, estaremos comunicando o projeto ao dia a dia da operação. Isso deve ser realizado no início de um projeto e não no momento de realizar a transição, assim evitaremos de realizar um mini projeto adicional e aumentar o esforço para entrega-lo.

Vale o esforço para realizar isso no início, caso contrário teremos algumas perguntas: O planejamento feito para integrar o projeto a operação condiz com o processo atual? Como evitar tornar-se um gerente de operações? Ou você já planejou fazer isso?

Estas são questões vitais para perguntar, para planejar e se comunicar com seus stakeholders. Vale a pena e, no final, você vai ser um melhor gerente de projeto para ele, além de sua unidade de negócios ser mais ágil e estruturada para receber essa nova demanda.

A sua organização sofre com a transição do projeto para operações?

Como você pode mitigar e gerir a transição?

Diogo Carriço Jr.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

EFEITOS DA RETRAÇÃO

Produção brasileira de aço acompanha o ritmo lento
 da indústria em geral e pode fechar com queda de 2,8%




A diminuição do ritmo de crescimento da economia, observada ao longo dos últimos meses, tem acarretado sistemática queda do nível de atividades da indústria de um modo geral, com fortes impactos sobre a indústria do aço. Dados do IBGE indicam que a indústria acumula queda de 2,8% no primeiro semestre do ano, abrangendo, presentemente, 21 dos 26 setores pesquisados. Dentre esses, incluem-se os intensivos no consumo de aço, alguns mostrando índices de retração de dois dígitos. São inevitáveis os efeitos negativos sobre a demanda interna de produtos siderúrgicos.

Sem expectativas de mudanças significativas no cenário de curto prazo, o Instituto Aço Brasil estima, para 2014, uma produção de aço bruto de cerca de 33,3 milhões de toneladas, queda de 2,5% se comparada à de 2013. As vendas internas devem atingir 21,7 milhões de toneladas, representando redução de 4,9% enquanto o consumo aparente, estimado em 25,3 milhões de toneladas de produtos , será 4,1% menor. O consumo per capita de aço do Brasil permanece praticamente estagnado da ordem de 130 kg/hab/ano, pouco mais da metade da média mundial. A utilização da capacidade instalada de produção do setor permanece abaixo de 70%.

No comércio externo o cenário é também desfavorável diante de uma excedente de capacidade de produção mundial da ordem de 600 milhões de toneladas de aço bruto, que corresponde a mais de doze vezes a capacidade de produção do Brasil. O mercado internacional de produtos siderúrgicos caracteriza-se, presentemente, por uma competição acirrada, com forte influência de práticas de comércio desleal, que  acarretam deterioração dos preços, desvios de comércio e nova onda de barreiras. Observa-se, desse modo, fortes limitações aos esforços das empresas para o aumento das exportações, que devem continuar abaixo da média histórica e, no sentido contrário, uma pressão crescente das importações, tanto diretas como indiretas, que se mantêm em níveis elevados.

No mercado interno, há grandes dificuldade para resolver os entraves associado às questões tributárias e trabalhistas, deficiências de infraestrutura e logística, burocracia, instabilidade de regras e outros tantos problemas que reduzem a competitividade do setor industrial, retardam sua recuperação e vêm minando o nível de confiança e capacidade de atração de investimentos do País.



COMO SE REINVENTAR?

Um dos caminhos é identificar vantagens competitivas em relação aos concorrentes, especialmente os estrangeiros, mapeando insights juntos a clientes internos e externos que ajudem a virar o jogo.

Motivação exige incentivos, clima favorável e apoio das lideranças. As inovações rápidas e contínuas dependem da ampliação e interação do conhecimento dos indivíduos. Para isso, é necessário que os departamentos e as equipes atuem de maneira integrada e deixem de lado as disputas de poder dentro da organização. Entregar produtos de valor ao cliente final, com a eficiência desejada, exige que a cadeia interna funcione bem. Conhecer bem os funcionários é condição fundamental para mantê-los motivados e afinados com os interesses da empresa. É um processo que depende de qualidade de vida, liderança transformadora e planos de carreira com remuneração competitiva. Para inspirar as pessoas a derem o melhor de si, assumir riscos, pensar e atuar de forma empreendedora, é preciso que as lideranças fomentem sistematicamente a mobilização interna.





Fonte: Revista da ABM 

Adaptado por: Tiago Nunes.



quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Qual é o seu produto?

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Conceitos que se aplicam a produtos e pessoas

Geralmente, quando se participa de um curso ou palestra sobre técnicas de vendas é bem possível que você veja, logo nos primeiros slides, alguma coisa dizendo que somos todos vendedores. Desde que nascemos, pois vendemos nossas idéias, nossa imagem e até mesmo a aceitação de nossa presença.

Embora eu perceba que a atenção a este conceito esteja muito mais presente na teoria que na prática, concordo com ele plenamente. A verdade é que sempre estamos vendendo algo. E, em troca do que oferecemos, muitas vezes queremos receber não apenas ‘dinheiro’, mas aceitação, concordância, credibilidade, enfim.

Quando eu percebi isso, quis me aprofundar um pouco mais no entendimento do que é que nós realmente ‘vendemos’ para o mundo e para a sociedade. Pois, se venda pressupõe uma troca, qual é o nosso produto? E o que queremos receber por aquilo que ofertamos?

Cheguei a conclusão de que cada um de nós tem vários ‘produtos’ que nos assemelham ou nos distinguem dos demais seres humanos. E que trocamos o estilo de ‘vendê-los’ o tempo todo, de acordo com o cenário e a situação. Para nossos cônjuges vendemos a certeza de ser a melhor opção pra passar o resto da vida; em um Happy Hour, nos preocupamos o tempo todo em passar a imagem de sermos altamente sociáveis e desinibidos. Em fim, Sempre que há uma situação de relacionamento ou interação, estamos procurando ‘vender’ algo para alguém. E eu nem falei dos produtos e serviços que vendemos ou entregamos pela empresa em que trabalhamos.

Aliás, e para as empresas, o que vendemos?

A resposta talvez represente o principal bem que possuímos. Pelo qual somos diretamente remunerados e avaliados: a nossa mão de obra. Sim, muita gente não pensa, mas nosso grande produto, aquele que é comparado o tempo todo com produtos concorrentes e substitutos, é a nossa capacidade de retribuir e superar todo o investimento que é feito em nós, na troca por um bom serviço prestado.

Esse conceito fica engraçado quando começo a comparar a mão de obra com produtos ‘normais’ (bens ou serviços). Veja:

Supomos que somos vendedores de uma indústria de medicamentos, que acabou de lançar um remédio para controle da hipertensão arterial. E nós seremos responsáveis por introduzir o novo produto na região em que atuamos.
Geralmente, o primeiro passo é identificar um potencial comprador com necessidade do produto que ofertamos. E em seguida, tentar o primeiro contato e, muitas vezes, enviar um material de apresentação bem elaborado e instrutivo. A intenção é conseguir uma oportunidade para uma visita onde se pretende apresentar melhor o produto.

Daí pra frente, em cada contato estabelece-se aos poucos uma familiaridade entre o produto e a necessidade do cliente. E as características e benefícios precisam atender aos anseios do consumidor. E para isso, o vendedor apresenta cases de sucesso do produto em outras empresas semelhantes.

Quando procuramos um emprego, primeiramente identificamos empresas com vagas em aberto relacionadas ao nosso perfil. Fazemos um contato pra saber quem é a pessoa certa, revisamos nosso currículo e enviamos. A esperança é que, ao ser analisado, seu currículo provoque no entrevistador a curiosidade para agendar uma entrevista pessoal.

Na entrevista o candidato precisa convencer seu ouvinte de que tem condições de ocupar o cargo. Para isso, fala de suas características, de sucessos que outras empresas tiveram em contratá-los e quais são suas habilidades.

As semelhanças não param por ai.

Mas vou me ater ao que tem maior influência para alcançar e manter o sucesso, seja de um produto (bens ou serviços) ou do ‘nosso produto’. Que é a capacidade de inovar e se reinventar o tempo todo.

Produtos passam por alguns estágios antes de se tornarem obsoletos: desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio.

Antes de ser lançado ao mercado, o produto passa por um processo de desenvolvimento. Após surgir a ideia, a empresa inicia uma etapa de estudos de viabilidade e criação. Neste momento, ainda não há vendas.

Esta fase corresponde há nossa infância, quando ainda não sabemos ao certo – e nem nos preocupamos em saber – o que seremos quando crescer. Por enquanto, experimentamos várias coisas e absorvemos diversas informações. Neste momento, ninguém espera muita coisa de nós, e nossos erros e limitações são mais facilmente aceitáveis e compreensíveis.

Voltamos ao produto, em seguida ele entra na fase de introdução, quando é lançado ao mercado. Tem-se nesta etapa um custo bem maior, envolvendo divulgação e distribuição, pois ainda acontecem apenas algumas vendas.

Para as pessoas, esta etapa representa o momento de assumir as primeiras responsabilidades e desafios. Talvez equipara-se à adolescência. Pois, agora começamos a receber olhares mais analíticos e críticos por parte de colegas de grupo e familiares. Por isso, surge a preocupação em provar – mesmo que talvez só na nossa cabeça – que já aprendemos o suficiente pra garantir a sobrevivência. Por isso é comum nesta fase a ideia de que ‘pais não sabe de nada, quem sabe é agente’.

Agora o produto chega na fase de crescimento. As vendas já são maiores, o ‘ponto de equilíbrio’ do investimento já foi atingido, e a preocupação é assegurar a maior fatia possível do mercado.

E, aquele ex-adolescente, acaba de passar pelos 18 anos de idade. Foi recentemente contratado, após um período de estágio, em uma boa empresa. Já provou para para si mesmo e para a empresa que é capaz de alcançar seus objetivos e ser um bom funcionário. Ele faz alguns cursos para aprimorar seus conhecimentos, garantir a permanência no cargo que ocupa, e, quem sabe, alcançar um posto superior na organização.

Aos poucos percebe-se que já não é possível conquistar maior participação no market share, e o produto chega na fase de maturidade. O crescimento das vendas já é perto de zero. A margem de lucro não aumenta e, em alguns casos, até diminui, pois a empresa passa a investir mais em propaganda ou ações para garantir o patamar alcançado pelo produto e impedir que outras empresas ‘mordam’ um pedaço deste ‘bolo’. A ameaça é grande, pois, se não bastasse novos produtos concorrentes lançados ao mercado todos os dias, o comportamento do consumidor muda de um dia para outro.

Na sequência, o produto atinge a fase de declínio. E as vendas diminuem até que seja mais inteligente retirar o produto do mix.

Para as pessoas, a fase de maturidade é um grande ‘divisor de águas’. A idade já passou pela casa dos 30 há algum tempo. Já se acumula muitos anos de experiência e o carimbo de algumas empresas na carteira de trabalho. Seus parceiros já estão tão acostumados com a mão de obra que oferecem, e já não esperam muitas novidades. O pensamento em geral é que, se até agora não alcançou o almejado cargo mais superior da empresa, é melhor fazer bem feito o que sempre fez e assegurar o cargo atual até que chegue a aposentadoria.

Neste momento, é preciso encontrar motivação para se reinventar de alguma forma, para que o nosso ‘produto’ – a nossa mão de obra – não se torne obsoleta e sejamos eliminados do mercado. A busca por uma nova carreira que permita compartilhar o conhecimento adquirido pode ser uma boa saída. Como professor ou consultor, por exemplo.

Em suma, é preciso cuidar o tempo todo do nosso principal produto, aquele que só depende de nós. É preciso reinventá-lo e inová-lo constantemente. E, para isso, vale até utilizar técnicas e conceitos aplicados à gestão de produtos.
O grande desafio é se preocupar com qual produto estamos oferecendo ao mercado, e como. E, sobretudo, não deixar que chegue o seu declínio.


Davson dos Anjos

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Blog seleciona 2 escritores(as)

O Blog Gestão e Negociação busca escritores voluntários para compartilhar conhecimentos.

Quem somos? 

Link

Por que publicar Artigos?



Max Gehringer revela os mandamentos pra se fazer um marketing pessoal no trabalho


Se você acredita que tem o perfil para ser um escritor do macro tema Gestão e Negociação, entre em contato através do formulário contato do blog. O mesmo está localizado na aba superior e favor compartilhar as seguintes informações:

- CV resumido ou link do perfil profissional (ex.: LinkedIn).
- Área(s) de interesse(s) para publicações (ex.: Marketing, Design, PNL, etc.)



A construção de conteúdo digital é nosso objetivo inicial e visa à disseminação de conhecimentos. Buscamos pessoas com perfis diversos como por exemplo perfil acadêmico, empreendedores, jornalistas, consultores e outros que sejam sinérgicos.

No momento buscamos 2 escritores(as) e o prazo de inscrição é até 30/12.  Todos os feedbacks serão feitos por e-mail.

Aproveito para agradecer todo nosso público maravilhoso que vem crescendo exponencialmente. Havendo dúvidas estou à disposição.

Abraços,
Tiago.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

10 passos para resolução de problemas

Quando temos algo a resolver, nossa tendência é focar no problema. Questionamos o que deu errado ou por que não deu certo. Essa abordagem pode funcionar em diversas situações, especialmente nas mais simples. Porém, nas mais complexas, focar no problema pode tornar as coisas ainda mais complicadas ou nos levar a desenvolver um padrão de pensamento repetitivo e improdutivo.

Concentrando-se apenas nos aspectos negativos, você alimentará o cérebro com uma série de estímulos contraproducentes. Entre eles, a ênfase nos pontos fracos, nos erros e no que não funciona, além do foco no que consideramos ser incapacidade, limitações e impossibilidades.

Esse padrão de atitude mental resultará em aumento do stress e da ansiedade, sentimento de fracasso e de impotência, além de preocupação constante e a sensação de estar num beco sem saída.

Ao nos colocarmos nesse estado, fica muito mais difícil ter foco, clareza e objetividade para enxergarmos as soluções. Focar em soluções não significa ignorar o problema, mas sim abordá-lo de um modo mais positivo e produtivo.





Fazemos isso quando seguimos os seguintes procedimentos:

  • - Verificar o que está funcionando e o que podemos aprender com isso para utilizar em outras situações; concentrar-se nos pontos fortes e em como tirar mais proveito deles

  • - Enfatizar desafios, oportunidades e ganhos em vez de problemas, riscos e perdas

  • - Focalizar o presente e o futuro em vez do passado. Isso equivale a trocar “o que eu deveria ter feito” por “o que eu posso fazer daqui para frente”.

Além disso, com foco nas soluções, você consegue:

  • - Trocar a preocupação pela ação.

  • - Adotar uma postura muito mais proativa.

  • - Aumentar a crença em sua capacidade de realizar.

  • - Elevar a autoestima, a autoconfiança e automotivação.

  • - Aprimorar sua habilidade de resolver problemas de um modo mais rápido, eficaz e criativo.

O importante é saber o que se pretende atingir, e não o problema. Ao identificar aquilo que você quer mudar em sua vida, o foco em soluções o estimula a construir uma visão de seu futuro ideal, em vez de lidar com um passado que não pode ser mudado.


Tomada de decisão

Para ajudar na hora da tomada da decisão, listo abaixo 10 passos para resolução de problemas:

1º passo: Definir o problema e suas características. Isto significa descrever no jeito mais empírico os conceitos da situação problema.

a) Conhecimento?

b) Habilidades, comportamento, pensamentos, sentimentos?

2º passo: Investigar o que realmente está causando a situação ou o problema.

a)              É pessoal?

b)              É com a equipe?

c)              É  relacionado à organização?

3º passo: Quais serão os critérios de avaliação das soluções? Quais seriam as mudanças concretas que, uma vez realizadas, fariam afirmar que o problema foi resolvido. Portanto, definir o objetivo.

a)              O que acontecerá?

b)              O que não acontecerá?

c)              O que mudará?

d)              Em qual período de tempo?

4º passo: Gerar soluções potenciais para o problema. Existem quatro técnicas para estimular o foco em soluções:

a)              Imaginar que o problema desapareceu

b)              Identificar o que mudou

c)              Explorar as diferenças

d)              Identificar os passos para chegar ao futuro ideal e implementar um plano de ação


5º passo: Selecionar a melhor ou as melhores soluções


6º passo: Avaliar as soluções que falharam


7º passo: Investigar os potenciais obstáculos para implementar essas soluções


8º passo: Entrar em acordo quanto ao plano de ação


9º passo: Acompanhar a implementação do plano de ação


10º passo: Monitorar, rever o progresso do plano e, finalmente, mensurar os resultados


Ao invés de ficarmos sempre insistindo na mesma tecla, as técnicas de “problem solving” ajudam a reorganizar nosso cérebro de maneira mais eficaz e, assim, evitamos que fiquemos travados e sem produzir mais.



Fontes: 

- http://www.hbrbr.com.br/
- TED

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Você esta entendendo a inovação de forma errada!

Você ouve a palavra "inovação" o tempo todo nos dias de hoje, especialmente no que diz respeito à vantagem competitiva. A maioria das pessoas só vê a inovação como um big bang raro. É muito mais que isso. 
Na realidade, a inovação é uma série de pequenos passos que, cumulativamente, levam até um grande negócio que muda o jogo. No entanto, em muitas empresas hoje em dia, todos os padrões para pensar em inovação são Einstein, Edison e Jobs.

Alguns vão pensar:

"Isso é para outra pessoa, algum gênio."

"Eu não posso inovar." 

"Eu não posso chegar a uma nova teoria da relatividade ou uma nova lâmpada ou um novo iPad. Vou deixar isso para outros fazerem." 

Isso é a mentalidade ouvida. As organizações devem fazer a sua missão de premiar cada pequena melhoria incremental que suas pessoas fazem. Há um ditado que tenho usado nos últimos 15 anos ou mais com todas as empresas com que trabalhamos. "Encontre uma maneira melhor a cada dia" 

Não é apenas um slogan, é um princípio de funcionamento. Você quer envolver todas as pessoas em sua equipe para encontrar uma maneira melhor. Você quer convencê-los a fazer e celebrar o que eles fazem, quer seja um sistema de contabilidade mais eficiente, o lançamento de um novo programa de cliente, ou fazer um parafuso em uma fábrica virar um pouco mais rápido. Essas são as verdadeiras inovações. E juntos, com toda a mente no jogo, as pessoas tornam uma empresa competitiva. 

Então, quando você pensa sobre inovação, não deixe que ela te assuste. Não deixe ser um chavão que isola 10 pessoas em sua empresa, enquanto os outros 90 ficam à margem à espera dos inovadores para inovar. Você tem que fazer o trabalho de inovação para todos, o tempo todo.


Fonte: Jack Welch is Executive Chairman of the Jack Welch Management Institute at Strayer University.Through its online MBA program, the Jack Welch Management Institute provides students and organizations with the proven methodologies, immediately actionable practices, and respected credentials needed to win in business.
Tradução e adaptação: Tiago Nunes.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Planejamento participativo

Metodologia de planejamento

FERREIRA (1984, p. 25) menciona três metodologias de planejamento, apontadas também por GANDINI (1988, p. 131) e SANDRINI (1988, p. 9), que anunciam linhas diferentes de ação que uma instituição pode assumir...

a) O primeiro modo é planejar para a comunidade: neste modo de planejar, o poder é exercido de maneira autocrática, dominadora e até ditatorial. A participação na preparação e na elaboração é nula. No que se refere à execução, é imposta e de modo idêntico quanto aos resultados. A gestão, neste modelo, é uma administração ou direção exercida por alguém, e não por todos. É assumida por um pequeno grupo, uma parte, nunca pelo todo.

b) Um segundo modo de planejar é com a comunidade: neste momento, o poder está a serviço. A participação da comunidade, na preparação e na elaboração do plano, é controlada. A execução do plano acontece a partir do consenso e do resultado de uma negociação. Neste modelo de planejamento, existe a co-gestão. Há um pouco de participação da comunidade através das pessoas mais ou menos representativas. Este modelo de planejamento mostra, claramente, que, quem tem o poder nas mãos, cede alguma coisa, não o essencial, para significar que existe participação da comunidade no planejamento. Na realidade, a participação é insignificante e pequena. Às vezes, ilusória. O poder continua nas mãos de poucos, que o controlam constantemente.

c) Um terceiro modelo é o planejamento da comunidade. Aqui, o poder é exercido como um serviço. A gestão é da comunidade, e será chamada autogestão. A participação da comunidade na preparação, na elaboração do planejamento, em sua execução e em seu resultado é de co-responsabilidade e de comunhão. Este modelo é o ideal de planejamento de participação e de gestão. Só assim, poderá acontecer participação comunitária para a transformação social em favor da justiça, da fraternidade e da libertação total.


O processo de planejamento participativo


É considerado ideal o planejamento que envolve as pessoas como sujeitos a partir de sua elaboração, e com presença constante na execução e na avaliação, não apenas como indivíduos, mas como sujeitos de um processo que os envolve como grupo, visando ao desenvolvimento individual e comunitário.

VIANNA (1986) insiste na perspectiva do homem como ser social que partilha vivências e que busca realização pessoal na participação comunitária. Propõe...

Uma nova forma de ação, cuja força reside na participação de muitas pessoas, politicamente agindo em função de necessidades, interesses e objetivos comuns. Um planejamento flexível, adaptado a cada situação específica que envolva decisões comunitárias e que se constitua em processo político vinculado à decisão da maioria. Um planejamento que tenha por objetivo final a formação do brasileiro, individual e socialmente considerado, a partir do engajamento da maioria para mudanças estruturais (p. 18).

A mesma autora (1986, p. 23) entende que o planejamento participativo se constitui...

...numa atividade de trabalho, que se caracteriza pela integração de todos os setores da atividade humana social, num processo global, para a solução dos problemas comuns.

O diálogo-comunicação é elemento essencial no processo de intercâmbio de vivências, experiências, interações, diálogos entre os participantes.

Pretende-se um planejamento centrado na pessoa, livre e crítica, sujeito de seu desenvolvimento, mas com decisões comunitárias; um processo grupal e participativo que considere as pessoas, com seus valores, seus sentimentos e suas situações de ordem social, econômica, política e cultural.

Este modelo de planejamento obriga a um posicionamento crítico e de participação dos envolvidos, uma consciência crítica da realidade, determinando uma ação coerente e eficaz, a fim de promover as mudanças e as transformações desejadas, com vistas a uma aproximação do ideal projetado. É assumir a práxis, que, no entender de Paulo Freire, é a reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo (1975, p. 40).

Sendo um processo de intervenção na realidade, será eficaz na medida em que for comunitário e criativo, aproveitando o conhecimento e o discernimento do grupo, bem como as soluções que o mesmo apresenta.


É o planejamento do grupo-comunidade, vivenciando o processo de ação-reflexão-ação por meio do método ver-julgar-agir.


Planejamento participativo em uma escola

A escola é um segmento da sociedade. E com esta, aquela está comprometida na manutenção dos esquemas relacionais do mundo atual. Em outras palavras, a escola está compromissada com a continuidade das relações de dominação e de exploração vigentes, alimentando, constantemente, a opressão e a injustiça.

A transformação dessa sociedade é o enfoque primeiro da educação libertadora. A vivência de uma metodologia participativa, na qual as relações solidárias de convivência pontificam, provoca, mesmo que lentamente, a concretização de uma nova ordem social, iniciando pela parcela menor, que é a escola. É preciso propiciar à pessoa a possibilidade de poder vivenciar uma nova dimensão da vida social, na qual não participe só na execução, mas também na discussão dos rumos da instituição escolar. Em outras palavras, presença ativa e criativa na elaboração, na execução e na avaliação, isto é, na decisão e no fazer do planejamento.

O planejamento participativo na escola não pode reduzir-se a integrar escola-família-comunidade, mas também deve visar à realização das pessoas e à transformação da comunidade na qual a escola está inserida.

A tradição educativa se firmou numa estrutura eminentemente verticalista. Redimensionar a administração escolar, para uma dimensão horizontal, é uma das dificuldades e, ao mesmo tempo, pressuposto para o planejamento participativo. O encontro de pessoas, por meio do diálogo e do debate, em que discutem, decidem e assumem as realidades comuns, provoca crescimento pessoal e comunitário, tornando possível uma educação escolar mais humana e mais participativa.

Trata-se de uma nova maneira de decidir e de agir, a fim de tentar uma saída para a difícil situação em que se encontra a educação formal. É a comunidade escolar que se une em torno de uma idéia-força, nuclear, ampla, complexa e abrangente (MARQUES, 1987, p. 188), por meio de uma ação dialógica, integradora e participativa.

Na vivência de um planejamento participativo em uma escola, VIANNA (1986, p. 31) aponta para dois riscos, aos quais este tipo de planejamento está sujeito, e para os quais deve-se estar atento...
  • o primeiro refere-se à assessoria especializada, que poderá, antes, durante e após o processo, agir em função da vivência pessoal, manipulando os interesses da maioria comunitária, determinando o que fazer, como, quando e por que decidir e agir;
  • o segundo acontece quando a coordenação utiliza a informação e a comunicação para manipular, politicamente, a comunidade educativa, convencendo-a a aceitar seus projetos pseudo-sociais, e consultando-a apenas em aspectos secundários, criando a ilusão de participação por meio da não reflexão dos problemas comunitários. Mantém-se, assim, uma adesão acrítica à programação.

Apesar dos riscos, tem-se a convicção de que a escola é um lugar possível de educação consciente, crítica, criativa e participativa, desde que seus integrantes acreditem em um processo político de educação, e que possam produzir mudanças nas relações interpessoais e sociais.

VIANNA (1986, p. 38) confirma sua viabilidade, desde que os educadores estejam imbuídos de algumas qualidades básicas, afirmando...

...ser o planejamento participativo um desafio para os verdadeiros educadores, exigindo daqueles que pretendem realizá-lo muita disponibilidade, coragem, persistência, tenacidade, garra, espírito de luta. Não é trabalho impossível, mas plenamente viável, apesar de todos os empecilhos colocados pelo sistema e por educadores descompromissados com a tarefa que abraçaram como profissão: educar as novas gerações de brasileiros conscientes e livres.

O planejamento participativo, assumido como processo de crescimento pessoal e de transformação social, talvez seja o único caminho viável para se conseguir a renovação profunda das estruturas e das relações na educação formal.

Fonte: DALMÁS, Angelo. Planejamento participativo. InPlanejamento participativo na escola: elaboração, acompanhamento e avaliação. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 25-30. 

quarta-feira, 19 de março de 2014

Aprender com a cabeça e com o coração


O maior desafio do mundo da informação é, para quem estuda, como organizá-la, como encontrar critérios que viabilizem a organização da informação e que permitam, com isto, torná-la disponível quando necessária. Ora, tais critérios são, antes de tudo, formas de pensar e de sentir, ou seja, formas de viver. Quem pretende enfrentar o mundo da informação somente com a cabeça, com abstrações, não irá muito longe. O excesso de informação mal compreendida, mal armazenada, significa o mesmo que confusão. Não há muita distância entre confusão e falta de informação. Não será possível chegar ao conhecimento crítico, inovador, com uma relação meramente racional diante das informações. Este é o caminho da congestão mental. O acúmulo de dados, seja em computadores, seja em cérebros vivos, não representa conhecimento. A análise, a fragmentação dos dados, sem uma correspondente síntese, não leva a nenhum conhecimento útil e pode, pelo contrário, levar a muitos conhecimentos inúteis.

Ninguém pode ensinar a quem não quer aprender, a quem não se encontra disponível para as incertezas e em busca de conhecimento. Não é possível orientar quem está parado e não pretende ir a lugar nenhum. Não é possível orientar sem aprender a orientar com o orientando. Ensinar é fundamentalmente aprender. Aprender a enfrentar o desafio da vinculação da emoção com a razão no processo de conhecer e, além disso, enfrentar o desafio de criar meios, mecanismos, recursos, instrumentos, estratégias e táticas que mobilizem, no educando, sua emoção em paralelo com sua razão. Esquecer ou reprimir a primeira em função da segunda, sob a alegação de que a emoção apenas atrapalha o conhecimento científico, é retroceder mais de um século na psicologia da aprendizagem.

Aprender a aprender é realmente o mais importante na sociedade da informação. Estar em busca de, estar ideologicamente inquieto, insatisfeito, é pré-condição de aprendizado efetivo. Ter aprendido algo significativo implica em conseguir emocionar-se, até certo ponto, toda vez que nos relacionamos novamente com tal conteúdo. Quem aprendeu com a cabeça e com o coração sempre tem algo mais a dizer sobre o que parece ter aprendido. Consegue reemocionar-se toda vez que se envolve com o aprendido. Assim, torna-se mais persuasivo, convincente, quando busca partilhar seu conhecimento com os demais. A representação do aprendido não é apenas uma re-apresentação do conhecido, em forma racional, abstrata. É também uma representificação, uma nova viagem, um novo mergulho.


Poética, Diálogo e Razão

O diálogo não se estabelece no vazio e, mais que isso, podemos perceber que o indivíduo, o tempo todo, constrói sentidos. Somos dotados de capacidade de construção de sentidos e reordenação de idéias, logo, compreensão, frente às problemáticas do cotidiano. As linguagens, sozinhas, não dão conta das inúmeras possibilidades de ordenar o mundo. Necessitamos do outro nessa compreensão, visto que a compreensão sempre é, em certa medida, dialógica.

O conhecimento dialógico é evidência máxima da permutabilidade entre os vários campos do saber. Não podemos isolar áreas do conhecimento humano baseados, apenas, em suas especificidades. Devemos, sim, perceber os diversos sentidos que os encontros do rigor científico com a subjetividade ressoam em ecos que se espalham aos tantos ventos.

Pensar o dialogismo como construtor de sentido não é apenas evidência das transformações necessárias à nossa atualidade, é, também, um modo de perceber que todas as áreas do conhecimento estão atreladas às práticas sociais e que, no dialogismo e intertextualidade, reside o estabelecimento de bases para os construtos culturais.


Fonte: SANTOS, Moises Lucas dos. Poética, Diálogo e Razão

Fonte: BOEIRA, Sérgio Luís. Aprender com a cabeça e com o coração.