domingo, 15 de dezembro de 2013

Invenção da Internet e a Informação Franqueada.


Em 1969, mesmo ano em que o homem chegou à Lua, dois grupos de nerds situados, respectivamente, na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), e no Stanford Research Institute (SRI), em São Francisco, conseguiram fazer com que seus computadores falassem entre si. Na época, quase ninguém deu o devido valor a esta proeza; e assim, enquanto a ida à Lua monopolizava as manchetes, o nascimento da Internet passava em brancas nuvens.

O evento, convenhamos, deixou muito a desejar em termos de marketing; e, como espetáculo, não chegou a ser um sucesso. Os primeiros caracteres enviados por um computador a outro foram L, O e G, de LOGIN. O I e o N ficaram de fora porque, antes que se pudesse digitá-los, o sistema caiu. Em menos de 30 anos, porém, o mundo estaria radicalmente mudado graças àqueles improváveis heróis e suas máquinas maravilhosas. Ainda assim, foram necessárias mais de duas décadas, e o surgimento de uma interface de figurinhas com nome chique – World Wide Web – para que a rede se tornasse, enfim, um elemento de cultura de massa. Até a invenção da Web, em princípios dos anos 90, e o lançamento do proto-browser Mosaic, em 1993, a rede era considerada, pelas poucas pessoas de fora que sabiam de sua existência, uma simples ferramenta acadêmica – ou, na melhor das hipóteses, um passatempo de nerds, geeks e outros bichos de nome alienígena.
 
 

A World Wide Web, também conhecida como Web, WWW ou W3, é apenas uma de várias formas de acesso à informação contida na Internet – mas se difundiu de forma tão espetacular que, para boa parte dos usuários, é confundida com a própria rede. Inventada pelo inglês Tim Berners-Lee no CERN, um instituto de pesquisas franco-suíço, ela se resume, basicamente, a quatro letras conhecidíssimas: HTTP, de HyperText Transfer Protocol, ou protocolo de transferência de hipertexto. Trocando em miúdos, um padrão universalmente reconhecido, que possibilita a troca de documentos de todos os tipos por máquinas de qualquer espécie, sem distinção de cor, credo ou plataforma. A sua combinação com o browser, programa que permite a visualização de textos e imagens através de uma navegação simples, tocada a cliques de mouse, foi, como bem sabemos, nitroglicerina pura. E o resto é História.  
 
Hoje, quando reclamamos que não estamos conseguindo conexão, e rogamos pragas sobre a Telemar, a Embratel e os provedores, com a plena – e justa – consciência de que um computador desconectado não passa de uma patética caixa aleijada, é difícil imaginar que houve um tempo em que, não só as coisas não eram bem assim, como sequer se percebia que assim deveriam ser.
 
É por isso que somos todos, usuários, devedores eternos de um psicólogo nascido em 1915 chamado Joseph Carl Robnett Licklider. Professor do MIT, Lick – como era conhecido – estava longe de ser o psicólogo típico do seu tempo; ou, aliás, de qualquer tempo.
 
Formado também em física e matemática, apaixonado por química, artes plásticas e aeromodelismo, Licklider gostava, particularmente, de umas máquinas de calcular gigantescas que, nos anos 50, começavam a brotar no cenário americano sob a alcunha de computadores.
 
De tanto brincar com elas como não-especialista, Lick foi a primeira pessoa a intuir que, um dia, aqueles mostrengos poderiam se transformar em extensões do cérebro humano. Em 1960, publicou as suas ideias sobre o assunto em Simbiose Homem-Computador – e nada foi mais como antes.
 
O trabalho teve um impacto incalculável sobre os cientistas de computador da época e, de quebra, transformou o autor, definitivamente, num deles. Dois anos depois, ele era convocado pela ARPA – Advanced Research Project Agency –, a poderosa agência central de pesquisa e desenvolvimento do Governo americano, com carta branca para inventar novas funções para as máquinas, então restritas a cálculos elementares e pouco criativos. Naquele tempo, os poucos computadores que existiam falavam, cada qual, a sua própria língua, e obedeciam ao seu próprio grupo de comandos. Ainda não havia passado pela cabeça de ninguém criar qualquer padrão, até porque não havia necessidade disso.

Mas Licklider, com excelente trânsito pelos centros de pesquisa universitários, começou a espalhar ideias radicais entre estudantes e professores: por que não desenvolver padrões universais, que pudessem ser utilizados por todas as máquinas? E por que não dar às máquinas condições de comunicação umas com as outras? 
 
Estavam lançadas aí as sementes da Grande Revolução, que logo foram cultivadas, com extraordinário sucesso, por pioneiros como Bob Taylor e Larry Roberts, que pensaram os primeiros projetos de redes; Paul Baran, que criou o conceito das redes distribuídas, em que as máquinas estão interligadas entre si, independentes de um computador central – base da flexibilidade e da virtual indestrutibilidade da Internet; Donald Davies, que encontrou um jeitinho de partir os dados transmitidos em pacotes; Frank Heart, que deu o pontapé inicial no conceito dos roteadores; e mais Wes Clark, e Jon Postel, e Len Kleinrock... a lista vai longe. Mas, deles todos, quem acabou conhecido como o pai da Internet foi Vint Cerf que, com Bob Kahn, apresentou, em 1974, um protocolo conhecido como TCP, – mais tarde TCP/IP –, sem o qual a Internet – a união de diversas redes – jamais existiria.
 
O TCP é o padrão que permite a comunicação de diferentes redes; e Cerf fez mais jus à paternidade da rede do que Kahn porque, além de desenvolver o padrão, inteiramente aberto, lutou com todas as forças para que ele prevalecesse sobre os padrões proprietários que, então, começavam a pôr as manguinhas de fora. Como todos os pioneiros da rede, Vint Cerf sabia que ela só daria certo se estivesse baseada num sistema aberto, ou seja: num padrão único, gratuito, à disposição de todos. Caso contrário, centenas de empresas criariam, cada qual, o seu próprio padrão, numa babel em que a ganância só seria superada pelo desserviço ao usuário.
 
A primeira das muitas redes que viriam a formar a Grande Rede que conhecemos atualmente foi, justamente, aquela nascida da conexão entre as máquinas da UCLA e do SRI: a Arpanet. Depois apareceram outras: Bitnet, Usenet, CSNet, Span, CDNet... O termo Internet começou a ser usado, para valer, em meados dos anos 80, mais exatamente a partir de 1983, quando o TCP/IP foi adotado urbi et orbe. E, em 1989, a Arpanet deixou, oficialmente, de existir como tal.
 
Em outras palavras, terminou, aí, o grosso do subsídio governamental à rede. Estava dada a largada para o que se chamava, então, Internet comercial. O termo que, hoje, nos parece um pleonasmo, era, naquele tempo, quase uma heresia: rodando nas universidades e nos laboratórios de pesquisa, à disposição de quem tivesse acesso a uma senha e às máquinas locais, a Internet era considerada livre e sagrada como o ar. Que alguém ousasse cobrar por isso, ou usar tão sublime meio de comunicação com intenções mercantilistas, era simplesmente monstruoso.
 
Esse espírito prevalecia de tal maneira que mesmo o trabalho que se fazia pela rede era considerado um privilégio, ou uma espécie de hobby remunerado.
 
Nenhum dos pioneiros enriqueceu com a sua invenção. Com exceção de Vint Cerf, que foi para a MCI e se tornou, até por força do seu trabalho de evangelização tecnológica, uma personagem mais high-profile, os outros continuaram suas carreiras em universidades e centros de pesquisa. Marc Andreessen, que criou o Mosaic, e depois o Netscape, a partir do protótipo de browser do CERN, foi o primeiro milionário com fama de pop star da rede. Mas Tim Berners-Lee, o discreto gênio de Genebra, hoje no MIT, não se arrepende de não ter patenteado a sua invenção. Ele prefere a sensação de realização que sente ao ver a Web crescendo sem barreiras a uma montanha de dinheiro no banco.
 
Fonte: RÓNAI, Cora. Internet, a informação franqueada. O Globo. Rio de Janeiro
 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Para que serve uma economia?

Uma "economia", é a maneira segundo a qual as pessoas utilizam recursos para satisfazer seus desejos e necessidades, assim, a economia deveria servir à sociedade.


Aparentemente a idéia atual é que a sociedade serve à economia, pois, à medida que algumas empresas crescem e abrem seu capital, o retorno financeiro ao acionista torna-se o valor mais importante para as organizações.

Essa inversão de valores está implícita na mensagem: "lucro antes, pessoas depois" e tem sua origem no modelo de gestão da era industrial. Na era industrial os principais ativos e impulsionadores da prosperidade econômica eram as máquias e o capital, ou seja, as coisas. Ford resume bem o pensamento vigente na época, quando afirmava que só precisava de dois bons braços, o problema era que o "resto" vinha junto. 

Como as máquinas eram projetadas, construídas e montadas de modo a formar um todo de funcionamento sincronizado, o modelo de gestão da era industrial compartimentalizou o indivíduo da mesma proporção em que fragmentava equipamento e processos. Tal fragmentação, no trabalho, definia que bastava ao homem comparecer com o corpo e com o cérebro na empresa, deixando o "resto", na portaria. Bastava que realizasse tarefas sem questionamentos.

Esse modelo de gestão foi influenciado pelo estilo militar de administração e realização. As guerras tiveram influência decisiva sobre a arquitetura social. 

Atualmente ao conviver concomitantemente com realidades internas e externas às  empresas, o trabalhador do século XXI terá que ser capaz de conciliar os seguintes paradoxos:

1) Adaptar-se a um modelo de gestão que garanta visão antecipatória na geração de vantagens competitivas e retornos acima da média, produzindo cada vez mais com menores recursos.

2) Transformar a melhoria contínua em inovação perpétua.

3) Transformar a ética de retórica em prática.

A sociedade do labor está vivendo uma fase de transição em que, abaladas as tradições antigas, não foram substituídas por tradições novas, essa é a exata definição do termo "crise"

A crise gerada por esse modelo anacrônico de gestão está pondo em risco a perenidade do emprego e a sobrevivência das empresas..

Novos modelos de gestão têm que ser criados baseados na integralidade dos indivíduos, corpo, mente, alma e espírito, considerando suas afetividades, e levando em conta a "percepção de sentido" que está por trás de cada um dos "valores de motivação". O ambiente de trabalho atual, por muitas vezes suprime totalmente o desabrochar do potencial humano. Já que pessoas são seres com várias dimensões, corpo, mente, alma e espírito, as empresas têm que inspirar a busca e a realização do sentido de vida e de princípios. 

É necessário inspirar à ética individual, interpessoal e organizacional. 

Fonte: MBA FGV

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra

               
                              


No Brasil, o dia 20 de novembro representa um importante momento da história, especialmente para 52% da população brasileira, que é representada por pretos e pardos. A data lembra a morte do líder Zumbi dos Palmares, que lutou pela libertação dos negros escravizados, durante o período colonial no país. Apesar da data ter sido instituída como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra pela Lei 12.519/2011, ainda não é considerada feriado nacional.
A adesão ao feriado ou instituição de ponto facultativo é decisão legal de cada estado ou município. Mais de 700 cidades já adotaram feriado, no Dia da Consciência Negra. A data é considerada como uma ação afirmativa de promoção da igualdade racial e uma referência para a população afrodescendente dedicada à reflexão sobre as consequências do racismo e sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
Caso seja sancionado pela presidente Dilma Rousseff, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, será o primeiro feriado do país originário da mobilização do movimento negro e o nono feriado nacional, juntamente com as seguintes datas: 1º de janeiro (Confraternização Universal), 21 de abril (Tiradentes), 1º de maio (Dia do Trabalho), 7 de setembro (Independência do Brasil), 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida), 2 de novembro (Finados), 15 de novembro (Proclamação da República) e 25 de dezembro (Natal).
Há ainda quatro datas comemorativas flexíveis, as quais, embora popularmente conhecidas como feriados nacionais, não são reconhecidas pela legislação brasileira – Terça-feira de Carnaval, Sexta-feira da Paixão, Domingo de Páscoa e o Corpus Christi.

“A luta pela liberdade dos negros brasileiros jamais cessou. Em 1971, um significativo capítulo de nossa história vinha à tona pela ação de homens e mulheres do Grupo Palmares. Lá do Rio Grande do Sul era revelada a data do assassinato de Zumbi, um dos ícones da República de Palmares. Passados sete anos, ativistas negros reunidos em congresso do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial cunharam o 20 de novembro como Dia da Consciência Negra. Em 1978, era dado o passo que tornaria Zumbi dos Palmares um herói nacional, vinculado diretamente à resistência do povo negro.
Herdamos os propósitos de Luiza Mahin, Ganga Zumba e legiões de homens e mulheres negras que se rebelaram a um sistema de opressão. Lançaram mão de suas vidas a se conformarem com a prisão física e de pensamento. Contrapuseram-se ante às tentativas de aniquilamento de seus valores africanos e contribuíram com seus saberes para a fundação e o progresso do Brasil.
Orgulhosamente, exaltamos nossa origem africana e referendamos a unidade de luta pela liberdade de informação, manifestação religiosa e cultural. Buscamos maior participação e cidadania para os afro-brasileiros e nos associamos a outros grupos para dizer não ao racismo, à discriminação e ao preconceito racial.
Que este 20 de Novembro, assim como todos os outros, seja de muita festividade, alegria e renove nossas energias para continuarmos nossa trajetória para conquista de direitos e igualdade de oportunidades. Estejamos todos, homens e mulheres negras, irmanados nesta caminhada pela liberdade e pela consciência da riqueza da diversidade racial!”

Fonte: Matilde RibeiroMinistra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

domingo, 17 de novembro de 2013

O que é Cloud Computing? O que é um ERP?

O símbolo utilizado pela Internet é tradicionalmente uma nuvem (cloud). A computação em nuvem dissemina o conceito de utilização da capacidade de cálculo, armazenamento e processamento de computadores e servidores que estejam interligados por meio da Internet. Com este conceito, o desenvolvimento de serviços, consulta e armazenamento de dados poderão ser realizados e acessados de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora sem a necessidade de utilização de equipamentos ou programas dedicados. O usuário da Computação em Nuvem poderá acessar seus dados e desempenhar suas atividades através de qualquer equipamento (computador, tablet, celular, etc.) que disponibilize acesso à Internet, daí a alusão à nuvem.


O que é um ERP? (Enterprise Resource Planning)

Os sistemas ERP, também chamados no Brasil de Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, controlam e fornecem suporte a todos os processos operacionais, produtivos, administrativos e comerciais da empresa. Eles têm a finalidade de integrar todos os departamentos e funções dentro de uma empresa por meio de uma ferramenta computacional única, com capacidade para suportar as necessidades dos departamentos.

O GERENCIMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTO UTILIZANDO 

UM ERP DE TERCEIRA GERAÇÃO 


O ambiente globalizado em que as empresas operam atualmente é muito complexo e exige velocidade e precisão. Um novo cenário se instala, um novo desafio se apresenta: a necessidade de integração dos processos de negócio entre as organizações de uma cadeia de suprimento visando o desenvolvimento de novos diferenciais competitivos. O objetivo deste artigo é analisar o impacto da implantação de uma nova configuração de ERPs, denominados de terceira geração, no gerenciamento da cadeia de suprimentos. Eles buscam ampliar o escopo do gerenciamento para todos os elos da cadeia de suprimentos e não somente limitado ao ambiente interno. Dentre as conclusões, cita-se esta nova ferramenta da TIC como sendo relevante na obtenção de vantagem competitiva neste cenário de evolução gerencial. O futuro aponta para um cenário de sistemas ERP em nuvem, móvel e com integração total, associada à facilidade operacional, baixo custo de implantação e sem a necessidade de grande estrutura interna da empresa.

                                                                       Introdução

Qual o real motivo para os ERPs serem tão complexos exigindo grandes investimentos de infraestrutura, sistemas e pessoal? Os sistemas de ERP que estão hoje no mercado, de primeira ou segunda geração, foram concebidos com o foco na gestão interna das empresas sem a preocupação com o atual ambiente externo globalizado, não vislumbrando a integração e mobilidade. Na verdade a concepção da terceira geração busca quebrar estes paradigmas, porém, será necessária uma revisão sobre a atual estrutura de custos e necessidades dos ERPs, baseada na forma com que os negócios estão sendo estruturados nas últimas duas décadas, além das mudanças do perfil dos novos usuários.

O ERP de Terceira Geração


A quebra deste paradigma não é simples e a migração para esta nova geração de aplicativos ERP, apesar de necessária, exigirá tempo para ser aprimorada. Este novo modelo incorporara as funcionalidades dos ERPs convencionais, migrando para um ambiente Cloud Computing, caracterizado pela quebra da necessidade de uma estrutura interna de TI, não sendo relevante a preocupação com gastos para manter o servidor dentro da empresa.


Para ser considerado um ERP de terceira geração, onde a possibilidade de uso não estará restrita as grandes empresas, algumas questões precisarão ser respondidas:

1 - "Usar e Aprender", em vez de "Aprender a Usar". Os ERPs precisarão ser tão intuitivos como as demais plataformas cloud (Facebook, gmail, skype, etc.) de forma a atender a nova geração “Y”.


2 – “Mobilidade”, deverá ser parte integrante destes ERPs onde, eles deverão disponibilizar, através de APPs, acesso a qualquer plataforma digital (smartphones, tablets, etc.).

3 – “Integração Plena”, a integração plena entre as empresas, de uma cadeia de suprimentos, passa a ser o grande diferencial na utilização de uma plataforma popularizada de gestão empresarial. 


Fonte: Professor Doutor Reinaldo Fagundes dos Santos reinaldof@cis-erp.com.br, Engenheiro Industrial Mecânico pela EEI, Mestre e Doutor em Ciência em Engenharia Aeronáutica e Mecânica, Área de Produção, pelo ITA. Diretor Presidente da CIS-ERP Soluções Gerenciais e Professor e Coordenador no curso de Logística da FATEC de São José dos Campos. Seu Interesse em Pesquisa inclui SCM, Logística, Operações da Manufatura e Teoria das Restrições.


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terça-feira, 29 de outubro de 2013

O BRASIL ATRAI INVESTIDORES?

Entre os países que mais receberam fluxos de Investimento Estrangeiro (IED) em 2012, está o Brasil na quarta posição com um volume total de US$ 65 bilhões. Entretanto, o volume previsto para 2013 é de US$ 60 bilhões, 10% a menos que no ano passado.

O Brasil foi contemplado com recursos naturais que possibilitam a diversificação na matriz energética nacional e que possibilitam a garantia de auto-suficiência energética, vem enfrentando, há alguns anos um momento de estabilidade política e financeira, possui um grande mercado consumidor, entre outras vantagens competitivas, o que tem retraído os investimentos, então?

A redução do investimentos reside na conjunção adversa de fatores sócio- econômicos. e na imagem externa do país. O Brasil possui ordenamento jurídico prolixo e subordinado as orientações e vontades políticas . Há sempre um novo marco regulatório sendo discutido, um novo modelo de negócios sendo proposto. Há temas que são discutidos desde a edição da constituição, como por exemplo, a mineração em terras indígenas, e a participação de estrangeiros, em setores considerados estratégicos.


No ano passado, os contratos de concessão foram completamente modificados, inclusive no que tange aos parâmetros de remuneração , tributação e participação da iniciativa privada no modelo de negócio, o que deixou as empresas receosas em investir no país.

Não bastasse a constante indefinição normativa, o chamado Custo Brasil também deve ser considerado para determinar a atração de novos investimentos. A demora e a complexidade na liberação da importação de insumos, máquinas e equipamentos para os setores produtivos, diminui a rentabilidade do empreendedor e aumenta o custo Brasil.

No setor de saúde, há empresas aguardando a emissão de um certificado de boas práticas de fabricação há dois anos. Há fabricas que já estão prontas e aptas a produzir e que só estão fora de operação, em razão de pendências burocráticas. Da mesma forma, há laboratórios que investiram recursos em pesquisa e desenvolvimento, esperando cerca de oito anos, para conseguir a emissão de um registro de determinado medicamento.Os produtos que necessitam ser submetidos ao aval da Anvisa, como medicamentos biológicos destinados a indústrias farmacêuticas, chegam a esperar quase um mês.

Da mesma forma, no setor de energia elétrica há parques eólicos gerando energia sem poder transmitir o insumo ao usuário final, por falta de emissão de licença de operação ambiental. Cabe ressaltar que a ausência desta licença provocou o acionamento de termelétricas gerando energia, suja e cara, que vêm sendo paga pelos os consumidores.

Os procedimentos burocráticos desnecessários impedem a adesão de indústrias brasileiras a cadeias internacionais de valor e as "desintegram" do restante do mundo, diz José Augusto de Castro, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB).
   O governo vêm tomando uma serie de medidas para reduzir o Custo Brasil, quais sejam: a adoção, até o final do ano, de uma "janela única" para o processamento de exportações e importações, o implemento de um modelo simplificado para a emissão de licenças ambientais, a edição de um novo decreto para regulamentar questões sanitárias, entre outros.

A Receita Federal igualmente prometeu para 2014 a oferta de um aplicativo para tablets e telefones celulares destinado aos importadores interessados em acompanhar o processo do embarque à liberação no Brasil. Os que lidam com o comércio exterior, porém, estão acostumados a atrasos também no cumprimento das promessas oficiais.

Para se tornar atrativo aos investidores, o Brasil precisa demonstrar acima de tudo que tem comprometimento com a iniciativa privada, simplificando e dispensando exigências burocráticas necessárias, reduzindo a carga tributária e melhorando a distribuição logística.

Neste sentido, a iniciativa do governo em promover o debate e principalmente se propor a solucionar os entraves, é louvável . Mas como diz o ditado " de boas intenções o inferno esta cheio" , sendo assim é chegada a hora de se colocar em prática novas ações em prol do desenvolvimento, o que certamente atrairá investidores.

*Escrito por Isabela Vargas, advogada, especialista em regulação econômica e sócia da Eficiência Consultoria e Projetos (www.eficienciaprojetos.com.br)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Como atingir resultados organizacionais em 6 etapas!


(diversas esferas)

Pensar em uma organização como um conjunto de sistemas, processos e pessoas que interagem entre si já não é mais suficiente. Infelizmente essa visão acaba por segregar departamentos e pessoas criando o fenômeno das ilhas de competências. Especialistas são desenvolvidos mas não integram sinergicamente o todo da organização.

É fácil perceber que a natureza, o corpo humano e organizações devem trabalhar em conjunto mas o mais importante é que uma parte é interdependente das demais. Exemplo: Não há como viver sem o sistema circulatório. Da mesma forma as organizações modernas e competitivas não vivem sem seu planejamento financeiro atrelado ao plano de marketing e sua gestão eficaz do capital intelectual.

Parece complexo trabalhar pensando em rede mas na realidade não é. O natural é pensar em rede mas nosso modelo mental (Peter Senge) está atrelado a um modelo de gestão do passado (modelo industrial). 

Pretendo nesse breve artigo ilustrar algumas etapas para se conseguir reduzir o GAP sistêmico das empresas. Aproximando todos os sistemas da organização afim de obter uma ação sistêmica. Na realidade não devem haver ilhas nas empresas mas sim um time multifuncional.


(uma esfera)

Ilustrei com esferas para tornar visível a diferença de visualizar várias esferas ou apenas uma com diversos segmentos.

Peter Drucker, no final dos anos 1980, chamava a atenção para o fato de que "nos próximos 20 anos" os grandes negócios terão pouca semelhança com a companhia industrial típica dos anos 1950, que nossos livros-textos consideram a norma. Em vez disso, é muito provável que se pareçam com organizações a que nem o administrador atuante, nem o estudante de administração dão muita atenção hoje: o hospital, a universidade, a orquestra sinfônica.

Sugestão de 6 etapas para atingir o novo modelo de gestão sistêmico:

1) Planejamento estratégico organizacional.

Nessa etapa é fundamental a participação do departamento de MKT & RH. Peter Drucker e a FGV têm diversas pequisas/dados sobre o problema da comunicação interpessoal em projetos. O profissional de RH/Gestão de Pessoas que conhecer a teoria de Lawrence Kohlberg sobre o Desenvolvimento Moral e ajudar na aplicação em times obterá o máximo resultado.

2) Planejamento estratégico de MKT & RH.

Alinhamento interno dessas 2 áreas é fundamental pois são áreas complementares como finanças e administração. Aqui cabe enfatizar que diversas empresas não tem essas duas áreas trabalhando em conjunto.

3) Desenvolvimento do mapa de competências organizacionais e humanas.

Organizacionais relacionadas ao sucesso da empresa. Humanas relacionadas ao sucesso dos colaboradores.

4) Avaliação do sistema de TI utilizado.

Nessa etapa cabe avaliar se o sistema de TI utilizado atende aos novos desafios. Geralmente são envolvidos nessa análise colaboradores da área de Tecnologia da Informação e RH.

5) Estratégias BSC (Balanced Score Card), Táticas e Avaliação PDCA.

BSC - Kaplan e Norton


Táticas - Planos de Ações por Estratégia



PDCA - Diagrama de avaliação


6) Desenvolvimento da gestão do Capital Intelectual.

O profissional de gestão não deve ser meramente operacional em suas atividades. A gestão estratégica do Capital Intelectual da empresa visa alinhar junto com os Dirigentes o futuro cenário financeiro atrelado com métricas de crescimento do capital humano. 

Espero ter contribuído de forma simples e resumida para o sucesso em suas organizações. 

Estou à disposição,
Tiago Nunes.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

As incríveis cidades que encolheram

Menos casas, menos escolas, menos empregos. 

Saiba como ex-metrópoles se preparam para um futuro menor.



Demitiram o Robocop. Se um dia ele for criado, o policial ciborgue não terá subúrbios violentos de Detroit para fazer sua ronda. "Em um futuro próximo", a cidade vai fazer algo que nenhuma distopia dos anos 80 previu: diminuir. 

Este ano, Detroit deu início ao espetáculo do descrescimento: fechou escolas, cortou coleta de lixo e oferta de água, gás e esgoto em vários bairros, além de demolir 3 mil casas - em 2011, serão mais 7 mil. No Brasil, ações semelhantes renderiam impeachment - em Robocop 3, por exemplo, geraram revolta popular. Mas, em uma cidade com metade dos habitantes que já teve e um terço do território abandonado, garantiram a reeleição do prefeito. 

Estima-se que mais de 200 cidades médias e grandes nos EUA, na Europa e até no Brasil estão diminuindo, seja pela emigração de indústrias, seja pela redução das atividades que as fizeram crescer. Depois de décadas tentando recriar o passado, agora elas buscam soluções para encarar a nova realidade. Será que menos pode ser mais? 

Em Detroit e outras cidades americanas, a marcha à ré foi acionada pela longa agonia da indústria automotiva. Depois de passar por negação, raiva, negociação e depressão, a cidade finalmente chegou ao último estágio clássico do luto: aceitação. A ideia agora é tornar a cidade vazia mais enxuta, para reduzir o gasto público e melhorar a qualidade de vida de quem ficou. Em vez de continuar a investir em áreas pouco povoadas, o consenso é que se deve concentrar gastos nas áreas consideradas mais viáveis e transformar os bairros fantasmas em parques e fazendas. 


Diminuir para melhorar é o desafio de Flint, também em Michigan, primeira sede da GM - que já teve 79 mil funcionários na região e hoje emprega 8 mil. Os planos incluem reduzir a área urbana em 40% e cobrir o resto de verde. "Vamos criar a nova floresta de Flint, trocar decadência por qualidade de vida", diz Dan Kildee, porta-voz do movimento para reduzir a cidade. "A questão não é se essas cidades estão encolhendo - todas estão -, mas se vamos deixar isso acontecer de uma forma destrutiva ou sustentável." 

Redução global:


Na região de Manchester, berço da revolução industrial, a população é metade da de 1930. A queda do Muro de Berlim provocou uma emigração em massa rumo ao Ocidente: na antiga Alemanha Oriental, há mais de 1 milhão de apartamentos abandonados. No Japão, enquanto o inchaço de Tóquio sugere crescimento, a maior parte das cidades encolhe, por causa das taxas de natalidade cada vez menores.

No Brasil, o caso mais emblemático de despovoamento é o de São Caetano, no ABC paulista. Em 1980, a cidade tinha 163 mil habitantes, contra 137 mil em 2006. Apesar de ter uma mão de obra altamente qualificada, assim como em Detroit a região perdeu boa parte de seu parque automotivo para re-giões com impostos e sindicatos mais brandos. "O deslocamento das indústrias para outras localidades desestruturou a economia do maior parque automobilístico do país", explica o professor Sergio Moraes, do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade na Universidade Federal de Santa Catarina.





Sergio também é membro do Shrinking Cities International Research Network, projeto criado pelo alemão Phillipp Oswalt para analisar o despovoamento das cidades no mundo contemporâneo e que reúne mais de 100 cientistas, arquitetos, artistas e designers. O desafio deles é propor soluções arquitetônicas que ajudem as cidades que encolhem a conviver com seu novo, imprevisto e indesejado tamanho. É péssimo que a sua cidade encolha, claro. "Mas é preciso aceitar o processo como uma via de evolução da cidade, lidar com a situação em vez de negá-la", diz o pesquisador. Nos EUA, já está ocorrendo até uma mudança de terminologia, trocando "cidades que encolheram" por "cidades do tamanho certo". 



Mudar para menor:


O trabalho coordenado por Oswalt sugere que o encolhimento de cidades vai continuar e atingir novas áreas nas próximas décadas. 


Se hoje as regiões abandonadas são as suspeitas de sempre, áreas decadentes, como distritos industriais e grandes blocos de apartamentos, mais adiante a desurbanização deve ocorrer até nos hoje valorizados prédios de escritórios. A comunicação móvel e sem fio deve incentivar cada vez mais gente a trabalhar em casa, reduzindo drasticamente a necessidade de espaço em prédios comerciais. Além disso, após uma fase de expansão dos condomínios cada vez mais distantes, deve haver uma reconcentração populacional, gerada pelos custos com transporte e pelas limitações à mobilidade de uma população mais velha. Resta saber como os velhos centros vão receber seus novos moradores. 


Diante dessa realidade, cada município minimizado vai ter de escolher se chora sobre o limão derramado ou se faz uma limonada urbanística. Todas essas cidades têm na mão a chance de se tornarem mais eficientes e sustentáveis. E até de conseguir elevar a qualidade de vida da população, na contramão da crise que fez a cidade encolher. Segundo o arquiteto Dan Pitera, diretor do Detroit Collaborative Design Center na Universidade Detroit Mercy: "Quando uma cidade encolhe, surge uma oportunidade para a mudança".

Fontes: Super Interessante e Shrink Cities Institute

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

indexSocial registra queda de audiência de marcas em agosto

No ranking de audiência, 8 das 10 principais marcas cresceram menos do que o mercado em agosto


São Paulo - Análise do indexSocial, ferramenta que mede a performance das marcas no Facebook, Twitter e Youtube, mostra que no ranking de audiência, 8 das 10 principais marcas cresceram menos do que o mercado em agosto.
Como o indexSocial utiliza uma metodologia semelhante à da Bolsa de Valores, as pontuações registradas podem ser menores que no mês anterior, mesmo que as marcas tenham aumentado sua quantidade de fãs, seguidores e assinantes. Em agosto, 93 milhões de novas conexões foram estabelecidas entre marcas e consumidores, embora o top 10 de engajamento das companhias tenha sofrido fortes quedas.


Audiência
A avaliação segue com Guaraná na liderança com 14,7 milhões de pessoas conectadas à marca nas três plataformas sociais. Netshoes (9ª) aparece pela primeira vez no ranking sendo a única com variação positiva no período. O top 10 de audiência segue com Skol (2ª), Hotel Urbano (3ª), Lacta (4ª), Brahma Futebol (5ª), Claro Brasil (6ª), L’Oreal (7ª), Itaú (8ª) e Cerveja Bohemia (10ª), todas com variações negativas na pontuação de audiência do indexSocial. Guaraná, mantém-se com 1.000 pontos, há mais de 12 meses no topo do ranking.


Engajamento
O índice que mostra a interação entre os consumidores e marcas segue liderado por Brahma Futebol (união das diversas presenças de futebol de Brahma), mas Nike Corre (4ª) e adoro FARM (5ª) foram às únicas companhias que registraram aumento de engajamento no período. Em agosto, o top 10 deixa de ser dominado por marcas de bebidas alcoólicas e moda com a entrada de Chevrolet (8ª) e Bob’s Brasil (10ª) no ranking. Completam a lista: Use Huck (2ª), Arezzo (3ª), Melissa (6ª), Guaraná (7ª) e Lojas Renner (9ª).
Share de engajamento
Ao reverter o resultado de junho, quando havia registrado forte queda, Brahma Futebol segue líder e concentra a maior parte de todas as interações medidas pelo indexSocial ao fechar agosto com 31.7% de share. Já Guaraná, segunda colocada, caiu de 12.7% para 7.1% no período. As demais posições do top 10 de share de engajamento sofreram alterações. Entram no ranking: Nike Corre (4ª), Risqué (5ª), Natura (7ª), Stella Artois Brasil (8ª), Melissa (9ª) e Halls (10ª) no lugar de Skol, Lojas Renner, Use Huck, Pampers, Fiat e Arezzo. Completam o top 10: Lacta (3ª) e Hotel Urbano (6ª).



Fonte: Exame e IndexSocial 
Edição: Tiago Nunes


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

De Mestres Cervejeiras à Produtos Publicitários


As Mestres
Na profundeza da Amazônia, há 10 mil anos atrás, uma mulher da idade da pedra sentada num círculo dava o seu primeiro passo à antiga arte da cerveja. Ao contrário dos tempos contemporâneos, a cerveja era exclusividade das Amazonas e a técnica era passada de mãe para filha. Há 6.000 anos e por milhares de anos na Babilônia e Suméria, vários tipos de cervejas eram produzidas pelas mestres cervejeiras e somente as mulheres tinham a permissão de reunir os estranhos ingredientes desta forma antiga da bebida. De acordo com Alan Eames, historiador inglês, a Deusa Hathor no antigo Egito era conhecida como a criadora da cerveja, e os Fenícios atribuem a criação da cerveja a três mulheres: Osmotor, Kapo e Kalevatar. No século XVII, documentos ingleses mostram que 78% dos cervejeiros licenciados eram mulheres.


Os Prutudos
Elas dominavam o mercado até a Revolução Industrial, período que surgiram obstáculos culturais e econômicos para a sua permanência nesta função, elevando o homem aos únicos Mestres Cervejeiros. A partir desta época a cerveja começou a ser tratada como um produto feito por homens e para homens e, junto com o novo pensamento cultural que enraizava na época, a mulher passou de cervejeiras à produtos. O marketing usou este conjunto de permissões culturais e sociais e transformaram o que seria homofobia e racismo feminino em uma piada para alavancar as vendas do mercado que então confirmou ser totalmente masculino. “A mulher não é como se fosse a cerveja”: é a cerveja. “Está ali para ser consumida silenciosamente, passivamente, sem esboçar reação, pelo homem.” Afirma a doutora em sociologia, Berenice Bento. A Coisificação foi tão intensa que a venda da cerveja através da mulher se tornou algo natural e cultural, em todas as publicidades podiam se ver a venda da bebida através do corpo feminino, engarrafando-o e oferecendo ao homem para o consumo, criando um forte conceito em que as mulheres existem apenas para servirem aos homens, e como é uma verdade aceita por todos porque não criar um paralelo? É um massacre simbólico ao feminino. É uma violência que alimenta e se alimenta da violência presente no cotidiano contra as mulheres.

O Caminho da Publicidade
Conforme a enriquecimento cultural, a evolução econômica, novos conceitos éticos começam se agregar na cabeça dos homens consumidores. As cervejas “Premium” e as “Artesanais” foram as primeira a darem passos contrários dessa desgastada fórmula mulher-consumível. Com o redesenho do marketing perante aos novos preceitos, a mulher tende a recuperar seu lugar verdadeiro: Mestre Cervejeira e consumidora.

Escrito por Samuel da Silva, Analista de Marketing.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Empresa pagará US$ 100 mil para contratado ir explorar o mundo

  • Bora Bora, na Polinésia Francesa, será um dos destinos visitados pelo sortudo que ganhar a vaga
    Bora Bora, na Polinésia Francesa, será um dos destinos visitados pelo sortudo que ganhar a vaga
O site de viagens Jauntaroo está contratando uma pessoa para explorar o mundo e ainda receber US$100 mil por isso.
De acordo com comunicado oficial, que descreve a oportunidade como "o melhor emprego do mundo", o selecionado terá um contrato de um ano e obrigações como tirar sonecas e receber massagens na praia, perseverar em longos voos, ser aberto para conhecer destinos exóticos, estar sempre pronto para a aventura e para conhecer novas culturas e alimentação. Além, é claro, postar todas as experiências nas redes sociais.
Dentre os destinos do futuro viajante estão Berlim, Ilhas Maldivas e Nassau, nas Bahamas.

Inscrição:


Para se candidatar ao cargo, basta enviar um vídeo de 60 segundos explicando o que te leva a ser o candidato ideal. Um total de 50 vídeos serão selecionados e cinco candidatos farão uma entrevista presencial.
Dentre os requisitos desejados estão aptidão com plataformas de mídias sociais, saber fazer boas fotos e filmes para a internet e boa capacidade de comunicação oral e escrita.
As inscrições vão até 15 de setembro no site.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

COMO TRANSFORMAR UM NEGÓCIO EM OPORTUNIDADE



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Os responsáveis pelo desenvolvimento de negócios e por impulsionar a economia dos países em desenvolvimento dos países que compõe bloco econômico BRICS-PED (Brasil, Russia, India, China e Países em Desenvolvimento) se reuniram nesta semana, em Joanesburgo, com o objetivo principal de discutir a possibilidade de criar um Banco de Investimento e Oportunidades para fomentar negócios na África, especialmente nos setores de infraestrutura, mineração, energia e serviços financeiros. Os novos investimentos movimentariam a economia e o comércio africano.
Cabe ressaltar que esta é a segunda tentativa de finalizar a estrutura de um banco comum de desenvolvimento, a primeira ocorreu em Março, na cidade sul-africana de Durban e frustrou-se em decorrência da divergência de opiniões dos participantes no que se refere ao resultado econômico da iniciativa.

Em 2012, o comércio entre os BRICS totalizou 4,57 milhões de euros, ou 16,8% das transações internacionais, segundo dados da agência AFP . Apesar do número, o continente recebe poucos investidores estrangeiros, isto porque o consumo interno é muito reduzido, as instituições são frágeis e imersas em processos de corrupção e as leis são de vigência limitada.

Um exemplo disso é Moçambique, o país detém um dos melhores solos do mundo para a produção de cana, e  no ano de 2012, registrou um crescimento econômico de 7,4%, devido ao acréscimo progressivo na extração e exportação de carvão, execução de grandes projetos de infraestruturas e expansão do crédito ao setor privado. Apesar disso é totalmente dependente da ajuda humanitária proporcionada pelos países. A aquisição de medicamentos e insumos estratégicos de saúde, por exemplo, é feita por doação ou mediante licitação em que os vencedores também são países europeus.

 Neste sentido, é relevante analisar com mais profundidade em que consiste as grandes oportunidades de negócio. Investir em países africanos, pode ser um bom negócio dependendo do setor, infraestrutura e agricultura podem ser rentáveis já que o países estão em franco crescimento e o governo tem recursos para pagar os investimentos. Mas investir em saúde pode não ser uma boa opção, isto porque a maior parte dos medicamentos que chegam até a população, não tem qualquer custo para o consumidor. Ou seja, os laboratórios nacionais que tem a intenção de investir em Moçambique, devem considerar o custo que estes medicamentos chegarão no país e se haverá mercado consumidor com recursos disponíveis para adquiri-los.

Oportunidades de negócio só se concretizam com a existência de compradores para produto ou serviços. Ou seja, não adianta ter o melhor medicamento, se não há dinheiro para comprá-lo. Embora isto seja uma questão lógica muitas vezes é menosprezado, tanto que segundo dados do SEBRAE a maior parte das empresas quebram antes de dois anos, por ausência de planejamento estratégico.  A segunda etapa de um bom planejamento estratégico reside na análise de oportunidades e verificação de ameaças ao negócio. A referida fase tem importância crucial na definição do produto e serviço a ser ofertado, bem como na fixação do seu preço.

Desta forma, constituir um Banco de Investimento para os países do BRICS-PED, por si só, pode não representar nenhuma evolução, porque o seu sucesso da iniciativa dependerá de uma análise profunda das oportunidades e ameaças que envolvem este negócio.

Escrito por Isabela Vargas, Advogada, especialista em Regulação Econômica

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

AÇO: Do começo ao fim

Feira Internacional de Arames e Cabos:

O Brasil é um dos mercados mundiais com crescimento emergente e agora é a sexta maior economia do mundo. O Produto Interno Bruto do Brasil (PIB), de acordo com a paridade do poder de compra, é o maior na América com a exceção dos EUA. Uma conquista importante nos últimos anos tem sido a ascensão contínua de cerca de 40 milhões de pessoas na faixa de renda média, que já responde por quase 60 por cento dos 200 milhões de brasileiros. 

O Brasil durante muito tempo tem sido o segundo maior produtor global de minério de ferro e o oitavo mais importante fabricante de aço, além de ser o terceiro maior fabricante de aeronaves e o quarto maior de automóveis. O país também possui cerca de dois milhões de quilômetros de autoestradas, 70 aeroportos e, de longe, alguns dos maiores depósitos de petróleo e gás no mundo.

Também segue muito bem seu caminho para ser o maior produtor de alimentos do mundo: o país de 60 milhões de hectares de área agrícola sob cultivo está todo pronto para triplicar de tamanho - e sem colocar a floresta tropical na Amazônia em risco.

Cerca de 40% do PIB do Brasil é obtido do setor industrial, com a participação do comércio exterior no PIB, totalizando em torno de 20%. O Brasil também é amplamente visto como tendo um considerável potencial econômico. Isso se deve, entre outros motivos, ao seu ritmo acelerado de industrialização, sua estabilidade política e suas consideráveis reservas de matérias-primas e recursos. Brasil pertence aos estados emergentes do BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Bem como dois eventos de classe mundial significa que o Brasil vai desempenhar um papel ainda maior no cenário mundial: A Copa do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

Estas são duas razões adicionais pelas quais o programa nacional de desenvolvimento econômico para 2013-2016 está se concentrando nas áreas de energia, infraestrutura e desenvolvimento urbano social. O programa envolve os gastos do governo da ordem de R$ 980 bilhões, a maioria dos quais deve ser investido na área de energia (R$ 465 bilhões).




Setores:

Acessórios
Ferramentas
Fios, cabos e molas
Instrumentação, analise e medição
Logística
Máquinas e equipamentos para fabricação e tratamento
Matéria-prima
Serviços
Sistema de automação
Soldas e seus acessórios
Tecnologia em processos
Tratamento de resíduos industriais

Perfil do Visitante:


Indústria de Fios
Indústria de Cabos
Ferro, Aço e Metal
Veículos Industriais & Fornecedores

domingo, 28 de julho de 2013

A ascensão e queda de Eike Batista

O Ex-Midas

Na história do capitalismo brasileiro, nenhum empresário conheceu a glória e a derrocada tão rapidamente, quanto Eike Batista. Em pouco mais de um ano, ele deixou de ser o oitavo homem mais rico do mundo, festejado pela elite mundial dos negócios, para mergulhar em uma crise que o levou, inclusive, para fora do clube dos bilionários. 
foto de família de eike batista
Infância
Eike é filho de Eliezer Batista, ex-ministro de Minas e Energia do Brasil e conhecido por presidir a Vale, quando ainda era estatal e se chamava Vale do Rio Doce. Da infância, o empresário lembra com carinho das lições da mãe, Jutta. Para curar sua asma, por exemplo, a mãe o obrigou a aprender a nadar, algo que foi interpretado por ele como uma aula para fortalecer sua força de vontade.

O patriarca

Eliezer Batista com os filhos, Werner, Lars, Eike e Dietrich, na sessão especial do documentário "Eliezer Batista - O Engenheiro do Brasil", em novembro de 2009. Os críticos de Eike afirmam que sua rápida ascensão deveu-se a supostas informações privilegiadas passadas por seu pai, ex-ministro de Minas e Energia e ex-presidente da Vale. Eike sempre negou que fosse favorecido por esse relacionamento.
Eliezer Batista com os filhos, Werner, Lars, Eike e Dietrich, na sessão especial do documentário "Eliezer Batista - O Engenheiro do Brasil", em novembro de 2009.

No começo da carreira

Eike Batista faturou seus primeiros milhões extraindo ouro no Norte do país. Segundo ele, esta foi a sua maior escola, pois entendeu que um negócio só para de pé, se for "à prova de idiotas", como repetiu várias vezes. Nesta foto, de fevereiro de 1993, Eike era o presidente da Companhia Nacional de Mineração.
Eike, em fevereiro de 1993, quando era presidente da Companhia Nacional de Mineração.

Laços antigos

Muito brasileiros ouviram falar de Eike, pela primeira vez, como o então marido da atriz  Luma de Oliveira. Luma chegou a despertar a fúria das feministas, no Carnaval de 1998, ao desfilar pela escola de samba Tradição com uma coleira com o nome de Eike. Três anos depois, Eike foi retratado ao lado da atriz, na festa de lançamento da edição da revista Playboy em que posou nua, na Boate Scotch, em maio de 2001. Luma é a mãe dos filhos mais velhos do empresário, Thor e Olin.

Gosto pela aventura

Eike sempre cultivou um gosto pela aventura e pela velocidade. Em janeiro de 2006, o empresário estabeleceu um novo recorde para a travessia Santos-Rio. Com uma lancha de dois motores de 1.800 cavalos, Eike realizou o trajeto em 3 horas e 1 minutos – 30 minutos mais rápido que o recorde anterior.

O início do império

Em 24 de julho de 2006, Eike lançava na Bolsa de Valores de São Paulo a sua primeira empresa de capital aberto: a mineradora MMX. O IPO levantou 1,1 bilhão de reais, com os estrangeiros respondendo por 76% do total de investidores. Era o início de uma trajetória meteórica. Nos anos seguintes, Eike abriria o capital de mais quatro empresas.
Obras do Superporto Sudeste, da MMX, em dezembro de 2012

Energia para os negócios

Em 14 de dezembro de 2007, Eike realizou seu segundo IPO, o da MPX, sua empresa de energia. A operação captou 2,03 bilhões de reais, com 71% dos investidores vindos do exterior. Sua proposta era gerar energia térmelétrica, a partir de reservas de gás. Hoje, é considerada a empresa mais saudável do Grupo EBX. Neste ano, Eike perdeu o controle da MPX para a alemã E.ON e deixou as presidências do conselho de administração e da diretoria.

A LLX ganha vida própria

Ainda em 2008, a LLX é desmembrada da MMX e ganha autonomia. A operação foi decorrência da venda de uma parte da MMX para a mineradora Anglo Americana, em janeiro daquele ano, por 5,5 bilhões de dólares. Na ocasião, 85% do capital da LLX pertencia à MMX. Os demais 15% estavam nas mãos do fundo de pensão canadense Ontario Teachers Pension Plan. A OTPP resolveu vender sua fatia na bolsa, o que levou à abertura de capital da LLX sem que um IPO fosse feito.

US$ 100 bilhões em dez anos

Em fevereiro de 2010, pouco antes do IPO da OSX, Eike Batista participou do tradicional programa de entrevistas do jornalista americano Charlie Rose. Questionado por Rose sobre quanto de riqueza esperava ter ao final dos próximos dez anos, Eike não titubeou e cravou 100 bilhões de dólares. Diante do espanto do apresentador, o empresário apenas disse: "Sim... fazer o que? Estou com sorte". Se alcançada, a cifra o tornaria o homem mais rico do mundo. Na ocasião, Eike era o 61º na lista da Forbes, com 7,5 bilhões de dólares.

Com o poder

A fama e os bilhões que Eike mobilizava o aproximou do poder. Aqui, o empresário participa da recepção do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Hu Jintao, então presidente da China, no Itamaraty, em abril de 2010.

Primeiro barril

Na última semana de janeiro de 2012, após sucessivos atrasos no cronograma, a OGX finalmente extraiu seu primeiro barril de petróleo. Apesar da pressão, naquele momento, analistas e investidores ainda viam com simpatia as empresas X. A avaliação geral era de que, apesar dos problemas, nenhuma petroleira fora criada tão rapidamente quanto a de Eike.
Eike Batista entre Dilma Rousseff e Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, participando da extração do primeiro óleo da sua empresa OGX

No auge

Em março de 2012, Eike Batista atingia o auge de sua trajetória. A agência de notícias Bloomberg, que acompanha diariamente a variação da fortuna dos mais abonados, o colocava como o oitavo homem mais rico do mundo, com um patrimônio estimado em 34,5 bilhões de dólares.

Queda livre

Em 29 de junho, apenas três dias após a OGX rebaixar a previsão de produção de Tubarão Azul, a crise de confiança dos investidores atingira todas as empresas X listadas na bolsa. A contaminação fez com que Eike despencasse de 7º homem mais rico do mundo (pelo ranking da Forbes) para 46º, segundo a revista americana. Sua fortuna era avaliada, então, em 13 bilhões de dólares.

O pior do mundo

Em julho de 2012, uma pesquisa publicada pela revista Bloomberg Markets citou Eike em uma situação nada honrosa – a de ter liderado a pior abertura de capital do mundo, desde 2008, quando a falência do banco americano Lehman Brothers detonou a crise financeira mundial. Coube à OSX, o estaleiro de Eike, colocá-lo nesta incômoda posição, ao cair 43% na bolsa brasileira, nos 90 dias seguintes ao IPO.

Bancando o jogo


Em outubro de 2012, para reforçar sua confiança nos negócios que criou e estancar a queda na bolsa, Eike anunciou que estava disposto a injetar até 2 bilhões de dólares em duas de suas empresas mais afetadas, a petroleira OGX e o estaleiro OSX. No caso da OGX, a opção de compra, estimada em 1 bilhão de dólares, vence em 30 de abril de 2014.

Perda da coroa

A forte queda das ações de empresas do Grupo EBX corroeu a fortuna de Eike, a ponto de colocá-lo em uma situação impensável no início de 2012: a de perder a posição de homem mais rico do Brasil. No final de novembro, a Bloomberg estimou seu patrimônio em 18,6 bilhões de dólares, atrás dos 18,9 bilhões de Jorge Paulo Lemann, um dos donos da AB InBev e do Burger King.
O empresário Eike Batista, dono do Grupo EBX

Bilionário anônimo

Em fevereiro de 2013, a Bloomberg dava uma medida de como a confiança dos investidores em Eike havia evaporado. Segundo a agência, o empresário não figurava mais entre os 100 homens mais ricos do mundo. Seu patrimônio, de acordo com a Bloomberg, estava abaixo de 10 bilhões de dólares. Semanas depois, a Forbes, que mantém sua própria lista de bilionários, ainda o colocava em 100º lugar, mas avaliava que ele havia perdido 2 milhões de dólares por hora, no último ano.

O último aliado

Em março deste ano, Eike contratou o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, como assessor. O objetivo era elaborar um plano de salvação do grupo. O BTG é, também, um dos maiores credores da EBX. Rapidamente, os planos passaram de uma reestruturação para a venda de ativos, a fim de levantar dinheiro para quitar dívidas e tocar alguns projetos.

Atraso indesejado

Em abril, a portadora de uma má notícia foi a MMX. A empresa informou que a expansão do projeto de Serra Azul, o seu principal empreendimento, será atrasado em um ano e meio. Os motivos são a desaceleração dos investimentos da mineradora e as dificuldades para obter licenças e linhas de crédito. A expansão, que elevaria a capacidade produtivo para 29 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, estava prevista para ser concluída no segundo semestre de 2014.

À pé

Em meio à crise, Eike pôs à venda um de seus jatos, o Legacy 600, da Embraer, usado para voos pelo Brasil. Com preço de tabela de 26 milhões de dólares, estima-se que o aparelho de Eike, por ser usado, valha agora 14 milhões. Para os voos internacionais, Eike ainda possui um jato Gulfstream G550, cujo preço de tabela é de 60 milhões de dólares.
Legacy 600

Fundo do poço

As medidas para estancar a crise de confiança das empresas de Eike não surtiram efeito. Na tarde de 13 de junho, o valor das ações da OGX ficou abaixo de 1 real pela primeira vez, desde a sua abertura de capital. O mau humor dos investidores foi causado pela divulgação, naquela época, de que Eike havia vendido 70 milhões de ações da OGX no final de maio por 121 milhões de reais. A operação foi interpretada pelos investidores como um sinal de que nem o dono da OGX já confia nela.

Para o "lixo"

Em 16 de junho, a agência de classificação de risco Fitch cristalizou a desconfiança do mercado em uma medida radical: rebaixou a nota de risco da dívida da OGX para CCC. Traduzindo: é a classificação considerada "lixo" pela agência, dada para empresas bem próximas do calote. A Fitch argumentou que tem dúvidas quanto à capacidade de a OGX honrar seus compromissos nos próximos 18 meses. Como era de se esperar, o caso afundou ainda mais as ações da empresa na bolsa, que consolidaram o patamar abaixo de 1 real.

LLX à venda

Em junho, a LLX comunicou oficialmente que contratou assessores financeiros para avaliar a venda de ativos e possíveis operações societárias - jargões que significam, na prática, que a empresa pode vender bens ou que Eike pode vender sua parte nela. O principal ativo da LLX é o Porto do Sudeste, ainda em construção, no qual o empresário idealizou um polo petroleiro.
LLX e o Superporto do Açu

Na mão

No começo de julho, Eike Batista sofreu um duro golpe de seu último aliado. O BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, cancelou uma linha de crédito de 1 bilhão de dólares para o grupo EBX. O dinheiro fazia parte do acordo fechado em março, pelo qual o BTG prestaria assessoria financeira a Eike e o ajudaria a sair do atoleiro. Fontes do banco informaram à imprensa que o cancelamento ocorreu após o acordo ser revisado, mas não forneceram detalhes. Nem o BTG, nem a EBX, se pronunciaram a respeito.

Na mira dos minoritários

Com a crise destruindo o valor das empresas de Eike, os minoritários também começaram a se articular. Grupos de investidores começaram a ser formados, como a União dos Acionistas Minoritários do Grupo EBX (Unax). Em julho, a Unax informou que estudava pedir o bloqueio dos bens do bilionário, a fim de compensar parte das perdas de quem apostou no grupo.

Sob investigação

A discrepância entre as informações divulgadas ao mercado pelas empresas de Eike, e os reais resultados que apresentaram, levou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a investigar seus procedimentos. Segundo a agência de notícias Reuters, a autarquia abriu mais de 15 apurações de casos envolvendo o Grupo EBX nos últimos meses.

Perdendo os X-Men

O conselho de administração das empresas de Eike costumavam ostentar nomes de peso do cenário econômico e de negócios do Brasil. A crise, porém, levou muitos a se afastarem do empresário. Entre eles, o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, a ex-presidente do STF, Ellen Gracie, e o ex-ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho.

Mea culpa

Em meados deste mês, Eike se manifestou pela primeira vez sobre a crise que arrasou sua credibilidade e sua fortuna. Em um artigo publicado nos jornais Valor Econômico e O Globo, o empresário admitiu que falhou e decepcionou muita gente. Ele afirmou, porém, que sempre agiu de boa-fé e assinalou que seu maior erro foi confiar demais em seus colaboradores. No final, disse que ninguém perdeu mais do que ele com tudo isso.
O empresário Eike Batista

Agora um ex-bilionário

O último e muito simbólico episódio envolvendo Eike ocorreu nesta semana. A agência de notícias Bloomberg, que acompanha diariamente a evolução do patrimônio dos homens mais ricos do mundo, divulgou uma reportagem informando que Eike não é mais um bilionário. Após o acordo com o Mubadala, sua fortuna teria caído para 200 milhões de dólares. Um patamar bem amargo para o homem que sonhou publicamente em ser o mais rico do planeta.
O empresário Eike Batista