terça-feira, 29 de março de 2016

O medo e as sua consequências no trabalho

Poucos empresários gastam o tempo para pensar sobre o efeito do medo no local de trabalho. Eu estou em uma missão para mudar isso. Se o medo está ocorrendo em seu trabalho está afetando um monte de coisas entre elas a sua saúde. Então vamos olhar para o medo e ver o que ele é e o que ele faz. A batida do coração com medo provoca certas reações no cérebro e no corpo. Após o congelamento inicial alguns podem correr da situação. 


O que acontece quando esse medo é uma liberação de adrenalina em nossa corrente sanguínea e em outras palavras não conseguimos pensar direito. O oxigênio é bombeado para os nossos grupos musculares estabelecendo o estado de prontidão. No trabalho, se mantivermos o medo durante todo o dia, o que acontece é que o cortisol hormônio do estresse toma conta.O cortisol foi o hormônio do estresse necessários pelos nossos antepassados ​​para caçar animais silvestres, matá-los e trazê-los de volta para seu grupo. 

Simplificando se o seu local de trabalho for um lugar onde o medo está dominando ele pode estar custando milhões e talvez bilhões de dólares. Há também outros sinais indicadores, tais como a incapacidade contínua para manter o pessoal. Infelicidade leva as pessoas a sair e muitas vezes por causa do medo elas raramente irão rasgar e dizer aos proprietários o que está acontecendo.

Nos Estados Unidos, estima-se que 88% da força de trabalho cerca de 130 milhões de pessoas vão para casa todos os dias sentindo que eles trabalham para uma organização que não os ouve ou não se preocupam com eles. Isso é sete de oito pessoas. O medo faz com que os erros aconteçam porque a equipe está trabalhando sem as suas funções cognitivas funcionando corretamente. Aliás não podemos chamar de equipe geralmente são grupos de pessoas que trabalham em mesmo ambiente. O modelo predatório e Darwinista impera e os mais fortes ou mais cruéis se destacam. Esquecer das minorias inibe todo processo de inovação. Hoje em dia a vantagem competitiva mais importante é a melhoria continua.

Um outro fator que leva ao medo é o microgerenciamento e quando alguém tem esse tipo de comportamento usualmente você pensa:

1) Eles não confiam em você.

2) Eles provavelmente estão colocando você para baixo, tentam diminuir a sua auto-estima e aumentar a deles.

3) Por causa das ações de seu chefe, você pode ser congelado e suas habilidades cognitivas saem pela janela.



O microgerenciamento é uma excelente maneira de destruir uma grande cultura em um incrivelmente curto espaço de tempo. A confiança pode levar anos para construir e 30 segundos para destruir.

Lao Tzu, filósofo chinês escreveu: "Cuidar demais do que as outras pessoas pensam lhe torna prisioneira delas para sempre."

Gostaria de alguma ajuda para transformar o seu ambiente de trabalho? 

Entre em contato conosco.


Do NOT Micromanage | Vídeo em Inglês






sexta-feira, 18 de março de 2016

Peru vive clima ensolarado enquanto chove no Brasil

O presidente Obama vai visitar o Peru em novembro. O presidente chinês, Xi Jinping é esperado para estar lá também. Há apenas alguns meses atrás, o Peru organizou uma grande reunião com o FMI e o Banco Mundial.

Nesse momento o Peru está tendo um momento ao sol enquanto está chovendo apenas sobre qualquer outro lugar na América Latina. Sua economia cresceu mais do que qualquer outro na América Latina no ano passado (3,3%). 

O seu crescimento está em contraste gritante com as recessões históricas em curso na Venezuela, uma potência de petróleo, e no Brasil, a maior economia da região. Ambos estão sofrendo instabilidade política, o aumento da inflação e políticas populistas. O clamor público por uma nova liderança é um fato. "O modelos deles não funciona. Há um deslocamento do populismo," na América Latina, disse o ministro das Finanças do Peru, Alonso Segura.

Argentina ainda está lutando com inflação de dois dígitos. A Colômbia está mostrando resistência, mas o desemprego é crescente. O Peru não tem esses problemas e, em muitos aspectos, é o oposto do Brasil e Venezuela. Ele se inclina para o capitalismo, não tem quaisquer grandes escândalos de corrupção e sua moeda, o sol, ficou mais forte em relação ao dólar EUA até agora este ano. "Esperamos que o crescimento económico no Peru mantenha-se robusto este ano", diz Adam Collins, economista da Capital Economics.

O Peru não tem um grande dívida em relação ao seu crescimento econômico (apenas 7%). No Brasil, México e Colômbia, o relação da dívida com o PIB é de aproximadamente 40% ou mais, de acordo com o FMI. Em outubro passado, o Peru sediou a reunião anual do FMI - um símbolo de status de uma economia crescente. Este novembro, o presidente Obama e vários chefes de Estado irão pra a capital, Lima, para o fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico.

peru economy chart
Ao contrário dos protestos que falam de impeachment no Brasil, o Peru está realizando eleições presidenciais pacíficas. O principal candidato, Keiko Fujimori, frequentou a escola de negócios da Universidade de Columbia e quer manter a maioria das políticas econômicas no lugar.
Nem tudo são flores o Peru teve seus problemas. É um grande produtor de commodities, e os preços para todos os tipos de commodities como petróleo, cobre e ferro caíram nos últimos dois anos. Em 2014, a economia do Peru abrandou e cresceu apenas 2,4%, metade do crescimento em relação ao ano anterior. Contudo com as grandes exportações do Peru - cobre e minério de ferro - eles viraram a esquina este ano. Nos últimos dois meses, o preço do cobre subiu 15% e o preço do minério de ferro subiu quase 50%. A sua taxa de desemprego tem a tendência de queda nos últimos anos e o seu setor manufatureiro ganhou um impulso durante esse tempo também.
Fonte: CNN Internacional * artigo revisado *

terça-feira, 15 de março de 2016

Lula Ministro e o Desemprego do Partido dos Trabalhadores

O desemprego fechou o ano passado com taxa média de 8,5%, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – a maior desde o início da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Em 2014, a média anual de desemprego ficou em 6,8%. Tudo o que acontece no mercado de trabalho é reflexo do cenário econômico. Quando o mercado se mostra em recessão, numa crise econômica, você vai ter redução no contingente de pessoas ocupadas, consequentemente você tem aumento da informalidade. Como é o caso da indústria, que reduz em praticamente todos os estados do país, sobretudo nas regiões mais desenvolvidas como é o caso da região Sudeste, que apresenta, em função dessa crise econômica, aumento dessa taxa de desocupação em praticamente em todos os estados da região;

O IBGE estima em 8,6 milhões o número de desocupados no ano passado, uma alta de 27,4% em relação aos 6,7 milhões de 2014. Já a população ocupada ficou estável em 92,1 milhões. O rendimento médio mensal se manteve praticamente estável, passando de R$ 1.947 para R$ 1.944, mesmo movimento da massa de rendimento real habitual, que passou de R$ 173.577 bilhões para R$ 173.570 bilhões. O rendimento médio real de todos os trabalhos foi estimado em R$ 1.913,00 – uma queda de 1,1% em relação ao trimestre anterior (R$ 1.935,00) e de 2% ante o quarto trimestre de 2014 (R$ 1.953,00). As pessoas quando perdem emprego muitas vezes recebem rescisão e vão para o próprio negócio. E muitas vezes esse negócio vai para a informalidade para que ela mantenha o poder de compra.
DESEMPREGO POR TRIMESTRES
Em %
7,97,57,16,987,46,96,27,26,86,86,57,98,38,991º tri/122º tri/123º tri/124º tri/121º tri/132º tri/133º tri/134º tri/131º tri/142º tri/143º tri/144º tri/141º tri/152º tri/153º tri/154º tri/150246810
Fonte: IBGE
O ex-presidente Lula bateu o martelo nesta terça-feira e decidiu aceitar o convite feito pela presidente Dilma Rousseff para integrar o mais alto escalão do governo federal. O ministério que o petista vai assumir, porém, ainda não está definido. Lula é cotado para a Secretaria de Governo, hoje comandada por Ricardo Berzoini, ou para substituir Jaques Wagner na Casa Civil - pastas hoje nas mãos de petistas, o que evita conflito com aliados da base para abrigar Lula. A decisão, no entanto, foi tomada antes da divulgação, por VEJA, de novas revelações feitas pelo senador Delcídio do Amaral em acordo de delação premiada. Delcídio joga o ministro Aloizio Mercadante (Educação) no centro das investigações e também complica Lula, o que pode acabar mudando a composição feita anteriormente. "Isso já é fato consumado. A delação talvez apenas force o governo a reavaliar a distribuição das pastas", afirma um parlamentar. Virtual candidato a 2018, o ex-presidente quer assumir um ministério não de olho em suas pretensões eleitorais ou em busca de ajudar o país no momento de mais profunda crise. Lula, quer, na verdade, ganhar sobrevida nas investigações da Operação Lava Jato: com foro privilegiado, seu caso sai das mãos do juiz Sérgio Moro e passa a ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).




Link dos áudios de Delcídio:


Fontes: Veja Online e G1 Online.

quinta-feira, 10 de março de 2016

A Avibras não sabe o que é crise

Companhia brasileira aposta na tecnologia avançada 
e no mercado externo e multiplica as receitas

Avibras
A fabricante superou um pedido de recuperação judicial e hoje exporta 80% da produção
Os sócios da Avibras, mais importante indústria de equipamentos militares de alta tecnologia do País, só sabem da recessão brasileira pelos jornais. A receita bruta da empresa, com sede em São José dos Campos e fábricas em Jacareí e Lorena, interior de São Paulo, cresceu 8,6 vezes entre 2012 e 2016, de 154,6 milhões para 1,33 bilhão de reais. Os números estão em valores constantes de 2015 e incluem as vendas contratadas para 2016. O aumento de 1,72 vezes no plantel de empregados, significativamente inferior ao crescimento do faturamento, indica uma elevação da produtividade.
Integrante de um mercado com crescimento proporcional às necessidades de defesa diante do aumento das tensões mundiais, a empresa registrou uma elevação significativa das exportações, naquele período, de um valor marginal para 1,25 bilhão de reais. O fator fundamental para o bom desempenho econômico é o desenvolvimento de tecnologia nacional avançada nas áreas de aeronáutica, espaço, eletrônica e veículos de defesa. “Investimos cerca de 25% do nosso faturamento em pesquisa e desenvolvimento, 15% na forma de contratos com as Forças Armadas e 10% com capital próprio”, detalha Sami Hassuani, presidente da Avibras. 
Sami Hassuani.jpg
O sistema astros, com veículos de artilharia de foguetes e mísseis, detém 25% 
do mercado mundial, destaca o presidente Sami Hassuani. (Bruno Miranda/ Ana Lata)
A empresa vende 20% da produção no Brasil e tem uma atuação internacional intensa. Os países emergentes são o maior mercado. A Avibras identifica dificuldades e necessidades das diferentes nações e procura oferecer produtos inovadores, sem similar nos concorrentes. A análise geopolítica e de mercado, fundamental para identificar tendências, é feita com base na participação em feiras internacionais, em projeções e estudos de publicações especializadas, no contato intenso com embaixadas do Brasil e representações diplomáticas estrangeiras e na presença constante nos mercados.
A soberania consiste em autossuficiência alimentar, energética e de defesa, dizem os especialistas. “Se um país quer ter soberania, necessita de autonomia tecnológica em defesa. O conceito de defesa deve ser um pensamento do Estado, de longo prazo, por causa do tempo e investimento exigidos para formar pessoal e desenvolver tecnologia. Só assim se alcança a soberania, que é a capacidade de, em uma mesa de negociação, dizer não”, define Hassuani. “Para isso, é indispensável ter tecnologias testadas e respeitadas.” O míssil AVTM-300, da Avibras, o cargueiro KC-390 e o avião Tucano, da Embraer, são exemplos de desenvolvimento de tecnologia própria no Brasil, segundo o empresário. 
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O míssil AV-TM300, em desenvolvimento para o exército brasileiro. (Divulgação Avibras)
O principal produto da Avibras é o sistema Astros, de artilharia de foguetes e mísseis, detentor de 25% do mercado mundial no segmento, participação idêntica àquela dos Estados Unidos. A Rússia vem logo atrás, com 20%, a China responde por 10% e os 20% restantes são repartidos entre Turquia, Israel e outros. Cada bateria da família Astros II é composta de seis caminhões lançadores de foguetes, mais seis veículos remuniciadores e outro com sistema de radar e meteorologia para controle de tiro. “O carro mais barato custa em torno de 1 milhão de dólares e o mais caro, cerca de 7 milhões, em razão do altíssimo valor agregado. Não somos careiros, mas muito competitivos”, diz Hassuani.
O Astros II foi empregado nos principais embates em guerras convencionais contemporâneas. A Avibras começou a desenvolvê-lo no início da década de 1980 para fornecimento ao Exército iraquiano, que conhecia a empresa por usar seus foguetes ar-solo e bombas para aviação. Antes, estudou vários sistemas de foguetes de artilharia disponíveis no mercado. O produto foi concluído em 1983 e adquirido pelos exércitos do Brasil, Iraque, Arábia Saudita, Indonésia, Malásia e Catar. O Iraque e a Arábia Saudita o utilizaram com frequência na primeira Guerra do Golfo, em 1991. O sistema Astros foi usado também pela coalizão integrada por Estados Unidos e Arábia Saudita, entre outros, no combate ao Estado Islâmico, o Isis, no ano passado, no Iêmen. 
“Os clientes precisam sentir-se seguros quanto ao desenvolvimento tecnológico dos produtos. Eles acompanham a produção. Delegações militares de países estrangeiros vêm nos visitar e ficam de boca aberta ao perceber que o País tem autonomia tecnológica total na área”, afirma o presidente da Avibras. “Fazemos diferentes auditorias encadeadas na linha de produção para garantir a qualidade”, diz Márcio Moreira, gerente da Divisão Veicular. Na produção do sistema de defesa Astros, a condição para ser independente tecnologicamente é dominar as áreas aeroespacial, de engenharia mecânico-veicular, engenharia química, eletrônica, softwares e telecomunicações. 
A empresa segue uma regra simples para decidir se deve verticalizar a produção de um componente. Se não houver ao menos três fabricantes, ela o produz internamente. “O fabricante de avião compra uma turbina de determinado fornecedor internacional e, no caso de um embargo provocado por fatores geopolíticos, pode escolher um concorrente daquele parceiro. Temos de fazer as turbinas dos nossos mísseis porque, se importássemos, correríamos o risco apontado de corte do fornecimento externo. Para afastar essa possibilidade de comprometimento das entregas de componentes críticos, temos de verticalizar ao máximo. Tornamo-nos especialistas em balancear o que fazemos em casa e o que compramos de fora”, explica Hassuani.
A verticalização ou produção própria de itens de alta tecnologia inclui, além das turbinas, o propelente com perclorato de amônia (PCA), combustível sólido que não precisa de oxigênio para queimar. A eletrônica de guiamento dos mísseis e aquela de controle de radares também são produzidas pela própria empresa, assim como as peças leves e duras de material composto carbono-carbono, incluída a tubeira, uma espécie de escapamento dos mísseis e dos foguetes. “São tecnologias antes só disponíveis nos países avançados, com acesso vetado aos países emergentes.” 
No jogo entre as nações, impede-se o acesso a uma tecnologia até o momento em que o país interessado em comprá-la passa a produzi-la por conta própria. Antes dos anos de 1990, a Avibras tinha muita dificuldade para comprar o PCA. Hoje, produz perclorato de amônia e propelentes sólidos de alta energia para aplicação em foguetes, mísseis e engenhos espaciais. É a única com essa tecnologia na América Latina e, nos Estados Unidos, só dois dos oito fabricantes de mísseis e foguetes a possuem. “Hoje, concorrentes da Avibras vendem o PCA para nós, pois agora detemos essa tecnologia. Quando você a possui, eles passam a se interessar em vender-lhe, até para a sua produção não aumentar muito e diminuir a fatia dele no mercado”, diz Carlos Augusto Pereira Lima, assessor técnico da presidência da Avibras. 
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Em 2008, a indústria foi assediada por concorrentes interessados em comprar a tecnologia de combustível sólido para propulsão de foguetes. A morte, naquele ano, do fundador João Verdi Carvalho Leite, encontrou a empresa com poucos pedidos em carteira e muitos contratos por fechar. João Brasil Carvalho Leite, filho do fundador, herdou 95% do controle acionário da empresa. “Não pensamos em salvar a empresa e deixar o Brasil sem aquela tecnologia avançada. Sempre vinculamos os interesses da companhia àqueles do País. Mesmo em situações de enormes dificuldades, como em 2008, jamais abriríamos mão de permanecer aqui”, diz Hassuani. “A tecnologia tem um valor inestimável. Não só isso. Ter tecnologia é uma coisa, ter tecnologia independente é outra, totalmente diferente.” A empresa ficou em recuperação judicial entre 2008 e 2010, mas resistiu, superou a conjuntura difícil e voltou a registrar bons resultados. 
Os primeiros produtos da indústria fundada em 1961 por Carvalho Leite e outros quatro engenheiros do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, o ITA, foram os aviões Alvorada, usado em treinamento, e Falcão, elaborados com materiais compostos, derivados da corrida espacial, considerados um avanço tecnológico mundial. Para dar conta das encomendas, a Avibras contratou 30 funcionários. O outro fabricante nacional de aviões naquele período era a Neiva.
Ainda na década de 1960, a Avibras entrou para o Programa Espacial Brasileiro, coordenado pelo Instituto de Atividades Espaciais, atual Instituto de Aeronáutica e Espaço. Foi quando desenvolveu o combustível do primeiro engenho espacial brasileiro, o Sonda I. Construiu, para o Ministério da Aeronáutica, os foguetes Sonda I, Sonda IIB e Sonda IIC, e fez o tratamento térmico do envelope metálico ou tubo externo do Sonda II, além de plataformas de lançamento. Com o avanço em novas áreas de produtos de alta tecnologia, o efetivo foi ampliado para 100 empregados. 
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Pereira Lima destaca o poder da tecnologia. ( Bruno Miranda/ Na Lata)
Entre as décadas de 1960 e 1970, começou a produzir foguetes superfície-superfície e mísseis para o Exército brasileiro, além de sistemas de foguetes ar-terra e armamentos para helicópteros da Força Aérea e da Aviação Naval da Marinha. Nos anos 1970, venceu a concorrência do governo brasileiro para a fabricação de 45 estações de comunicação com satélites, compostas de torres e antenas parabólicas, e aumentou o quadro para 300 empregados. No fim daquela década, começou a produzir bombas de aviação, produto que exigia várias tecnologias dominadas pela empresa. 
A crise econômica e industrial no início dos anos 1980 provocou a falência de diversas empresas do setor de defesa, Engesa, DF Vasconcelos e Órbita incluídas. As dificuldades foram seguidas por um período de crescimento das exportações, desenvolvimento de novos sistemas de defesa e ampliação da companhia, com novas instalações e atuação com empresas coligadas para desenvolver produtos, sistemas e serviços nas áreas civil e militar. A criação de um sistema de foguetes de artilharia para saturação de área, o Astros, e o início das exportações, possibilitaram à empresa dar um salto qualitativo e quantitativo e atingir um total de 3 mil funcionários. 
O ciclo seguinte seria de desaceleração, depois dos anos 1990, efeito da queda das encomendas e elevação dos estoques mundiais com o fim da Guerra Fria. Por causa das novas dificuldades provocadas também pelos sucessivos planos econômicos do período, a empresa pediu concordata em 1990, suspensa em 1994 com o aumento das exportações. A aposta na indústria da defesa a partir do segundo mandato de Lula impulsionou as encomendas. A manutenção da força de trabalho de alto nível, mesmo nos períodos difíceis, permitia uma retomada rápida de volumes de produção significativos. 
“Nunca descuidamos de manter o pessoal e a tecnologia decisivos. Assim, quando há uma retomada do mercado, a empresa decola”, diz Hassuani. “Somos uma empresa de engenharia que, por ser da área de defesa, tem uma razoável capacidade industrial. Precisamos ser uma empresa de engenharia para pensar o novo.” Dos quase 2 mil empregados, 350 são engenheiros ou técnicos. O salário médio na empresa é de 6,5 mil reais e, na engenharia, está acima de 10 mil reais. 
Os lançamentos em fase final do período de certificação, previstos para daqui a um ano, incluem o míssil ar-ar A-Darter, um dos mais modernos do mundo, de quinta geração. Fabricado em parceria com as empresas brasileiras Mectron e a Octoeletronica e a sul-africana Denel, pode ser usado pelos aviões de caça Gripen. Entre as próximas novidades está um míssil antinavio produzido em conjunto com a Mectron e a Omnysis, empresa de capital francês instalada no Brasil. O míssil tático de cruzeiro AV-TM300, com alcance de 300 quilômetros, lançado também do Astros, está em desenvolvimento para o Exército brasileiro. Em fase de certificação, encontra-se ainda uma aeronave de pilotagem remota denominada Falcão.
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Moreira ressalta as auditorias da produção. ( Bruno Miranda/ Na Lata)
O potencial do setor de defesa brasileiro está represado por uma significativa limitação de recursos. Hoje o orçamento corresponde a 1,4% do PIB, ante 1,71%, em média, na América Latina e 2,31% nos países do bloco BRICS. O Brasil deveria destinar 2% do PIB ao setor, defende o ministro Aldo Rebelo, da Ciência, Tecnologia e Inovação. Se assim fosse, novas Avibras poderiam florescer. 
Fonte: Reportagem publicada originalmente na edição 890 de CartaCapital, com o título "Tiros na crise"

segunda-feira, 7 de março de 2016

"Fim de um mito": imprensa internacional destaca Lula como alvo da PF

A nova fase da operação Lava Jato, com a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depoimento, ganharam destaque na imprensa internacional nesta sexta-feira.
Batizada de Aletheia, a 24ª fase da Lava Jato apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai teriam favorecido Lula por meio do sítio em Atibaia e do tríplex no Guarujá.
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O jornal italiano "Corriere della Sera" destacou em seu portal a notícia  "O escândalo Petrobras chega a Lula: o ex-presidente do Brasil é levado pela polícia". O periódico afirma que a nova fase da investigação é "o fim de um mito". 
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No periódico espanhol "El País", a manchete do site informa que "Polícia faz buscas em domicílio de Lula pelo caso de corrupção da Petrobras". O jornal espanhol informa que foram feitas buscas na casa do ex-presidente e os policiais chegaram por volta das 6h ao imóvel em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
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O site da emissora "BBC", destaca a notícia "Ex-líder brasileiro Lula é detido". O texto informa que Lula foi levado pela Polícia Federal como parte de uma grande investigação sobre fraudes na empresa estatal Petrobras.
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O jornal francês "Le Monde" informa em sua manchete "Ex-presidente do Brasil Lula da Silva sob custódia em um caso de corrupção". A publicação francesa informa que a casa do ex-presidente é alvo de uma operação da Polícia Federal, e que Lula foi levado em custódia, por suspeita de envolvimento em esquema de corrupção na Petrobras.
Reprodução
Com o título " Ex-líder do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é levado para interrogatório ", o jornal americano "The New York Times" ressaltou que o ex-presidente foi levado pela Polícia Federal para prestar depoimento sobre um esquema de corrupção na Petrobras.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/