sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A (des)confortável zona de conforto

O ser humano é um animal de hábitos. 

Temos tendência para percorrer sempre o mesmo caminho para o trabalho, pentear o cabelo sempre para o mesmo lado, sentar no mesmo lugar no sofá... E a lista continua. 

As rotinas aparecem porque gostamos de ocorrências garantidas, gostamos de ter certezas e porque este comportamento evita sermos forçados a tomar uma série de decisões a que nos podemos poupar diariamente. 

A verdade é que o nosso cérebro agradece – o hábito é nada mais nada menos que um padrão mental e comportamental que se instala por meio da repetição. E isto permite que o nosso cérebro poupe energia para questões “mais importantes” que possam surgir. 

Os hábitos de cada pessoa fazem parte da sua zona de conforto



A própria palavra conforto vem do latim cumfortare e significa, duma forma simples, aliviar a dor ou a fadiga. Faz, portanto, sentido associar o conceito a um estado de tranquilidade, prazer e controlo dos acontecimentos, devido à facilidade com que nos faz sentir bem a vários níveis: física, psicológica e até fisiologicamente. Está também relacionado com a tendência que o ser humano tem de afastar os medos e ansiedades muitas vezes provocados por comportamentos ou atitudes que não nos são familiares, implicando o dispêndio de energia e concentração da nossa parte.  

Por tudo isto, a zona de conforto é conhecida por oferecer uma falsa sensação de segurança. Ainda que seja verdade que conseguimos proceder a uma série de acções rotineiras sem grande esforço, como conseguimos sair desse estado de inércia para iniciar algo novo?

A novidade surge, muitas vezes, como uma necessidade, pois vivemos num mundo em constante evolução. A nível profissional, por exemplo, são inúmeras as vezes que se torna necessário sair da zona de conforto e aprender uma competência nova, de forma a responder às necessidades do mercado em que estamos inseridos. 

Questões como falar em público, executar apresentações com sucesso, aprender novos idiomas ou dominar programas de última geração não podem ser vistos como um luxo, e sim como uma necessidade se pretendemos progredir na carreira e manter um estatuto de profissionais actualizados. A nível pessoal, dominar novas aptidões pode não ser impeditivo da nossa vivência, contudo permite ampliar a nossa área de interesse, quer para nós quer para quem nos rodeia. 

Se nos permitirmos aprender coisas novas teremos interesses adicionais a partilhar com amigos e família, o que nos fará satisfazer necessidades pessoais e sociais de forma bastante mais agradável, ao mesmo tempo que aumentamos a nossa confiança e auto-estima, ao atingirmos (mais) um objectivo!

Quando nos deixamos viver continuamente na nossa zona de conforto, corremos o risco de cair no tédio. A rotina passa a ocupar pedaços cada vez maiores da nossa vida, até que nos engole. Deixamos de ter metas e novos objectivos para cumprir. E então o que nos torna interessantes? Que motivação temos para continuar?

Assusta sair da zona de conforto? Claro que sim.

Mas o ser humano que está em constante disposição para experimentar, arriscar e aprender é, de longe, muito mais realizado!

Proponha-se ao seu crescimento. Faça coisas que nunca fez. Enfrente os seus medos. Improvise. Seja curioso. Sonhe grande!

E deixe a sua zona de conforto para trás.

Imagem de  Flickr/freefall

Quando o ser humano se limita áquilo que sempre fez, não existe evolução. 

Quer ser a melhor versão de si mesmo? 

Dê o salto! A vida é bem mais interessante fora da zona de conforto.




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